O Itamaraty comemorou a aprovação da resolução na ONU que exige a retirada das tropas russas que ocupam a Ucrânia. Para a cúpula da pasta, o voto do Brasil u “gol da diplomacia”. Mas por outro lado, o governo brasileiro vai adotar um tom de cautela em relação ao fim da guerra.
Segundo informações da Folha, o Planalto avalia que a resolução é apenas um primeiro passo nesse processo de paz. A expectativa é de que a guerra ainda escale e dure por algum tempo.
Como se sabe, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderá ter uma conversa com o presidente ucranian, Volodymyr Zelensky, nas próximas semanas.
Vale lembrar que o Brasil foi o único país dos BRICS a votar favorável a resolução que pede a retirada das tropas e que condena as “nefastas consequências humanitárias” do conflito. A resolução teve 141 votos a favor, 7 contra e 33 abstenções.
marcos domingues
24/02/2023 - 15h35
Gol contra! Nao se mostrou neutro e tomou partido. Seguiu Bolsonaro
WWagner Indigo
24/02/2023 - 11h49
Nunca vi comemoração de Gol Contra !!!
Alexandre Neres
24/02/2023 - 11h35
Entrementes, no Estadão, uma colunista antipetista:
“Olha eu aqui!” – ELIANE CANTANHÊDE
A um mês da ida do presidente Lula à China para se reunir com seu equivalente, Xi Jinping, o Brasil avança duas casas na pretensão de articular (ou até liderar) uma frente de paz entre Rússia e Ucrânia, além de se colocar como a bola da vez para atrair financiamentos e investimentos do G-20. Audácia pouca é bobagem.
Quando Lula, após a conversa com o presidente Joe Biden, em Washington, sugeriu essa frente de países “não envolvidos” para negociar a paz, ninguém deu bola. O Brasil tem tamanho para isso? Ou é megalomania? As respostas começam a surgir.
O vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, agradeceu a decisão brasileira de não enviar armas para a Ucrânia, como queriam os Estados Unidos e a Alemanha, e declarou à agência Tass que o governo de Vladimir Putin “está estudando a proposta de paz de Lula, mas levando em conta a evolução da situação”.
O fio da proposta de paz lançada por Lula começa com um cessar-fogo imediato e foi incluído numa resolução aprovada ontem na Assembleia-Geral da ONU, por 141 votos a favor, sete contra e 32 abstenções. Quem pediu a inclusão? A Ucrânia. Logo, tanto a Rússia quanto a Ucrânia enviaram sinais, por mais leves que sejam, de que não descartam a participação do Brasil. Lula está em campo…
Paulo Werneck
24/02/2023 - 10h25
A Rússia não tem tropas na Ucrânia.
Donbass fez um plebiscito pelo qual, de acordo com a Carta da ONU que defende a autodeterminação dos povos, se uniu à Rússia.
O invasor sendo repelido é a Ucrânia.
EdsonLuíz.
24/02/2023 - 10h18
Maravilhosa, nossa diplomacia.
Desde a Ditadura Militar, e apesar dela, Saraiva Guerreiro trabalhava o Itamaraty para o Brasil ter uma política internacional sancionadora das melhores práticas de relações com o mundo e tendo como referências a democracia e o progressismo.
No primeiro período PT(Lula/Dilma) a nossa política internacional foi em vários momentos usada para objetivos ideológicos, mas a integridade progressista do Itamaraty, que é antípoda de ideologismos, conseguiu resistir como pôde ao aparelhamento;
No governo Jair Bolsonaro o uso da nossa política exterior foi ainda mais ideologizada que na primeira era PT, mas o Itamaraty resistiu como pôde igualmente.
No início da agressão ilegal da Rússia à Ucrânia, Jair Bolsonaro chegou a dar força a Vladimir Putin se reunindo com o ditador, mas na ONU nossa diplomacia resistiu e votou a primeira resolução contra o abuso; agora, com os panfletos eletrônicos do PT apoiando os abusos da Rússia (e alguns meios eletrônicos menos panfletários também ligados ao PT criando surpresas negativas de apoio a esse abuso também), o Itamaraty ainda resiste e reafirmou posição nada dúbia e de todo progressista, de defender a democracia e a liberdade, votando para condenar a Rússia novamente.