O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, criticou o que classifica como “penetração indevida da política nos quartéis”, algo que, segundo ele, foi reincidente ao longo da história do país. Ele, no entanto afirmou que a tendência, após o 8 de janeiro, é a de avanço da democracia no país.
A afirmação foi feita durante o programa Sem Censura da TV Brasil, veiculado nesta segunda-feira (13). A íntegra da entrevista está disponível no site do programa.
8 de janeiro
Sobre os atos golpistas do dia 8 de Janeiro, Dino diz ser “evidente que houve perpetração de crimes”, e que as falhas de segurança não foram apenas operacionais ou de planejamento.
“Foi uma ação de criminosos que desmontou o funcionamento dos aparatos de garantia da lei e resultou naquelas cenas terríveis. Isso mostra que quando há comandos que, de alguma maneira, não respeitam seus deveres legais, abre-se as portas para o cometimento de crimes”. “Os inquéritos policiais estão mostrando isso e vão chegar a todas pessoas que, por ação ou omissão, foram responsáveis pelos eventos”, disse.
O ministro lembra que a proteção das áreas externas dos espaços cívicos de Brasília é responsabilidade da Polícia Militar, e que, a fim de evitar que a situação se repita, enviará ao Congresso Nacional uma proposta para a criação de uma guarda nacional “que retire a proteção dos poderes federais dos humores da política local”.
“A Guarda Nacional também substituirá a Força Nacional, que é provisória e temporária, para socorrer estados em dificuldade. É uma proposta importante, na nossa avaliação. Claro que a palavra final ficará com o Congresso Nacional”, complementou.
Despolitização dos militares
No Sem Censura, Dino voltou a defender a despolitização de policiais e de militares, usando como argumento os momentos traumáticos que “a penetração indevida da política nos quartéis” causou ao longo da história do país.
“Se pegarmos desde o alvorecer da república, os militares sempre tiveram participação na política brasileira. Poderia citar uns 10 ou 20 exemplos de penetração indevida das políticas nos quartéis, e também o inverso. Isso não trouxe bons resultados. Basta olhar a experiência mais recente da longa e tenebrosa ditadura militar de 1964”, disse, ao lembrar que, diante desse contexto, prevaleceu, após a redemocratização, a ideia de “profissionalismo” nas Forças Armadas.
Artigo 142
Na avaliação de Dino, seria desnecessário fazer mudanças no artigo 142 da Constituição, usado por extremistas como argumento para um golpe de Estado por supostamente dar às Forças Armadas uma espécie de Poder Moderador. O ministro disse que esse tipo de interpretação do texto constitucional é “paranoica, absurda e desbaratada”, além de ser dissociada do contexto da norma.
“Não vejo necessidade de mexer no artigo, mas respeito a posição de colegas parlamentares de vários partidos que estão com essa ideia para, talvez, prevenir, seguindo a linha de que gato escaldado tem medo de água fria. Não vejo como caber ali uma interpretação golpista, a não ser pelo desejo material de alguém dar um golpe de Estado. Não é portanto um tema que vamos pautar, mas respeitamos que o debate se dê no Congresso Nacional”, acrescentou.
Via: EBC
Paulo
14/02/2023 - 22h50
Edson Luíz, não tenha dúvidas de que, se pudesse, Lula instrumentalizaria as FFAA, tal qual fizeram Cuba e Venezuela, para ficarmos em exemplos latino-americanos meramente. O drama mais evidente disso tudo é que a esquerda cumpre mau papel ao condenar aquilo de que exatamente tenta se beneficiar, sempre que o beneficiário de fato seja um antípoda dela…É quase uma dádiva divina que as FFAA brasileiras se anteponham a isso com a veemência necessária…
Saulo
14/02/2023 - 20h35
O crime organizado penetrou no Maranhão, achou terra fertil e nunca mais saiu.
EdsonLuíz.
14/02/2023 - 18h48
Dino deve estar falando da penetração do ideologismo nas Forças Armadas, no caso, o ideologismo dito “de direita”.
Se for isso, eu acho que ele está certo!
Mas há outras instituições da sociedade penetradas por ideologismos e que qualquer democrata e progressista sério precisa denunciar e combater.
As Universidades, Movimentos Sociais diversos, Faculdades e Escolas em geral são exemplos gritantes dessa penetração indevida por ideologismo em instituições da sociedade.
▪Quem grita contra a instrumentalização das forças armadas por forças políticas de que ele discorda está certo,…
…desde que grite também contra a instrumentalização de outras instituições, como as Escolas, Universidades e Movimentos Sociais por forças políticas que ele aceita.
Forças Armadas, Escolas, Universidades e onde houver gente é lugar de discutir Política, mas sempre com respeito verdadeiro à diversidade.
Dino mesmo, com todo o respeito, é apoiador de forças políticas diversas que fazem instrumentalização política e ideológica de instituições da sociedade. O próprio Lula, de quem Dino é Ministro, apoia ditaduras e a dominação que essas ditaduras fazem de suas Forças Armadas e instituições em geral, o que mostra que ele, Lula, e seus cúmplices, se pudessem, nem iriam piscar para fazer a mesma coisa aqui, inclusive nas Forças Armadas.
William
14/02/2023 - 17h38
Esse animal vê crime em tudo menos que nos comparsas dele que projetaram e executaram o mensalão e o petrólão.
Esse animal anda ainda hoje de mãos dadas com Dirceu, Lula e toda essa tranqueira imunda que comprou a democracia por décadas roubando o dinheiro dos brasileiros mas vê problemas no exército que nos últimos 30 anos não faz absolutamente nada para defender os brasileiros (que são completamente inermes e indefesos) para segurar o avanço desses porcos
O Brasil não é uma democracia, é uma Cuba ou Venezuela da vez com capa mais bonita e nada mais.
Saulo
14/02/2023 - 17h30
Um completo incompetente e ignorante como todos os bodes comunistoides.