Nesta segunda-feira, 14, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, concedeu entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, e disse que não vai mudar a meta de inflação para o próximo biênio. Na prática, Campos Neto diz que vai manter a alta da taxa de juros, em 13,75% ao ano, o que representa uma taxa real de 8% acima da inflação.
“Existem, obviamente, aprimoramentos a se fazer. Estamos estudando desde 2017 com um grupo de diretores, que inclusive nem estão mais participando da Casa, como poderíamos aprimorar o sistema de metas. Não há uma proposta. Existem mais de uma. Mas, em nenhum momento, entendemos que o movimento de aprimoramento do sistema de metas seja um movimento que vise ganhar flexibilidade ou atuar de uma forma diferente”.
Ainda durante a entrevista, Campos Neto negou que em conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha se mostrado favorável a flexibilizar o sistema de metas
“Se mudar a meta, vai ter o efeito contrário. O mercado vai pedir um prêmio de risco maior ainda. O que vai acontecer é o efeito contrário. Em vez de ganhar flexibilidade, vai acabar perdendo flexibilidade. Não existe ganho de credibilidade aumentando a meta”, afirma.