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Salário mínimo deve ter novo reajuste no dia 1º maio

A informação foi divulgada pelo ministro Luiz Marinho Publicado em 12/02/2023 – 09:33 Por Thays de Araújo – Repórter da EBC – Brasília Agência Brasil — O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o salário mínimo, atualmente no valor de R$ 1.302, deve passar por aumento ainda este ano. O último reajuste […]

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Valter Campanato/ Agência Brasil/ Direitos Reservados

A informação foi divulgada pelo ministro Luiz Marinho

Publicado em 12/02/2023 – 09:33

Por Thays de Araújo – Repórter da EBC – Brasília

Agência Brasil — O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o salário mínimo, atualmente no valor de R$ 1.302, deve passar por aumento ainda este ano. O último reajuste do piso nacional passou a valer no dia 1º de janeiro. “Nós estamos discutindo a busca de espaço fiscal para mudar o valor do salário mínimo ainda este ano. Se houver espaço fiscal, nós haveremos de anunciar uma mudança para 1º de maio”, afirmou o ministro em entrevista ao programa Brasil em Pauta, que vai ao ar neste domingo (12), na TV Brasil.

Além do novo reajuste, a retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo também é uma das prioridades da pasta. De acordo com o ministro, a política mostrou bons resultados nos governos anteriores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando Marinho foi ministro do Trabalho, entre 2005 e 2007.

“Nós conseguimos mostrar que era possível controlar a inflação, gerar empregos e crescer a renda, crescer a massa salarial dos trabalhadores do Brasil inteiro, impulsionado pela Política de Valorização do Salário Mínimo, que consistia em, além da inflação, garantir o crescimento real da economia para dar sustentabilidade, para dar previsibilidade, para dar credibilidade acima de tudo para todos os agentes. É importante que os agentes econômicos, o empresariado, os prefeitos, os governadores, saibam qual é a previsibilidade da base salarial do Brasil, e o salário mínimo é a grande base salarial do Brasil”, explicou.

“Veja, se esta política não tivesse sido interrompida a partir do golpe contra a presidenta Dilma e o governo tenebroso do Temer e do Bolsonaro, o salário mínimo hoje estaria valendo R$1.396. Veja só: de R$1.302 para R$1.396 é o que estaria valendo o salário mínimo hoje. Portanto, foi uma política que deu muito certo”, destacou Marinho.

“Emprego na veia”

Durante a entrevista, o ministro do Trabalho falou das expectativas da pasta para esta nova gestão e destacou a reparação das relações trabalhistas como uma das prioridades. “Passamos por um governo que trabalhou um processo de desmonte das relações de trabalho. Então o contrato coletivo, negociações trabalhistas, tudo isso foi atacado de forma feroz, a legislação trabalhista, a proteção ao trabalho, tudo isso foi atacado. Nós precisamos enfrentar esse dilema, rever o que foi prejudicado nesse processo de relações de trabalho, para que nós possamos de novo retomar o processo de negociação, de valorizar o valor do trabalho em si, a massa salarial, geração de emprego e renda. Nossa expectativa é de trabalhar esse processo”, afirmou.

Ainda sobre as expectativas da nova gestão, Marinho destacou a retomada das obras públicas como um impulso para o crescimento da economia e das oportunidades de emprego. “Nós temos a ordem de 14 mil obras paradas no Brasil, isso cria uma nova expectativa, expectativa de gerar emprego. Obra é emprego na veia”, destacou. “Essas obras são retomadas praticamente de forma simultânea no Brasil, eu tenho certeza que isso vai dar um grande impacto na retomada do crescimento da economia”, completou.

Novas formas de trabalho

O Brasil vive mudanças aceleradas no mercado de trabalho ocasionadas pelos avanços tecnológicos. Na entrevista, o ministro do Trabalho falou, ainda, sobre essas novas modalidades de serviço, como o trabalho por aplicativos. “Seguramente é uma tendência que vem com muita força. É preciso que seja introduzido nas negociações coletivas, se não nós podemos ter muita gente desprotegida no mercado de trabalho”, afirmou.

“E tem neste [cenário] a história dos trabalhadores por aplicativos, que muita gente pensa que é só entregador de pizza, ou que é só o motorista do Uber, das várias plataformas de transporte de pessoas, mas não é, está presente na saúde, na educação, na intermediação até do trabalho doméstico. Portanto, é preciso que a gente compreenda totalmente esse novo momento”, explicou Luiz Marinho.

Ainda sobre o assunto, o ministro abordou a precariedade do mercado de trabalho observada nos últimos anos. “Ocorreu em escala gigantesca e é exatamente o ponto que nós estamos [nos] referindo. É um amadurecimento que nós vamos ter que passar. A minha preocupação é com os trabalhadores e trabalhadoras, são eles que nós queremos proteger, porque as empresas estão é explorando demais essa mão de obra”, concluiu o ministro. “O que não é possível é a desproteção. Hoje existem milhares e milhões de trabalhadores, no mundo inteiro, não só na realidade do Brasil, trabalhando absolutamente sem nenhuma proteção social”, acrescentou.

Edição: Juliana Andrade

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Comentários

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Orlando Soares Varêda

13/02/2023 - 11h21

Não vai tardar e teremos “especialistas” de porta de botequim, apregoando o imediato retorno aos bons tempos dos Senhores de Engenho e do domínio da Santa Madre Igreja, a cuidarem do seu dócil e alienado Rebanho

Orlando

EdsonLuíz.

13/02/2023 - 08h57

Salário e renda são funções da produtividade; subir salários fora dos fundamentos da economia leva a desequilíbrio fiscal com consequências negativas para a atividade econômica, arrecadação de impostos, criação de novos postos de trabalho, investimento em educação…

….e perda de PRODUTIVIDADE.

Isso alimenta um ciclo perverso contra os trabalhadores mais fracos, embora dê a ilusão de que o país tem um presidente bonzinho.

AUMENTO voluntarista de salário, fora dos fundamentos da economia, fazem bem para o populista que concede o aumento. E, no entanto, tem imbecis que raciocinam assim:

Temos presidente!Temos aumento!

Mas, logo mais à frente, ter dado um aumento populista de salário ferra com a economia e o prejudicado é exatamente… …quem devia se beneficiar.

▪Você fez uma política econômica que causou desequilíbrios, perda de produtividade e jogou o país em grave recessão e desemprego e com as merdas que você fez pelos anos, somadas às merdas que outros fizeram depois de você o salário perdeu poder aquisitivo, o investimento caiu e até a fome aumentou?
▪Os que o sucederam não resolveram as causas dos desequilíbrios que você iniciou e ainda agravaram os problemas?
▪Então agora resolva você os problemas que você iniciou! Não repita os problemas e não cause outros exigindo que um Presidente do Banco Central corte os juros de referência sem que você, sendo o Presidente da República, tenha feito antes a sua parte para corrigir as causas de os juros estarem altos.
▪E não dê ainda aumento que você não pode dar porque a economia ainda não suporta e o país tem deficite. Dar aumento quando não pode para se fingir de bonzinho só é bom para quem dá o aumento, porque sobra imbecil que não entende que isso ferra com a economia e não ajuda o mais fraco e ainda o prejudica. E esse imbecil vai ficar repetindo “Agora temos presidente”quando NÃO temos presidente, o que temos é POPULISTA e o imbecil que elogia o populismo venal do Presidente está promovendo um erro.

Essas “mágicas” que vocês fazem ou defendem só enganam, não resolvem e ainda agravam os problemas. Não é porque em anos iniciais essas “mágicas” dão a sensação de melhora que as coisas mudaram; o que muda de verrdade as coisas são MUDANÇAS ESTRUTURAIS:
▪Reforma Tributária;
▪ReformaFiscal;
▪Reforma Administrativa;
▪Reforma Previdenciária
▪Reforma……………………….
▪Reforma……………

E muita educação de qualidade.

Ops.: Um país menos preconceituoso com todos também ajuda muito!

.

Paulo

12/02/2023 - 20h09

Tudo é reajustado e há uma cornucópia gigante em Brasília para repasses a todo tipo de atividade profissional, grupos políticos, etc, desde Bolsonaro. Só não reajustam os vencimentos do funcionalismo do Executivo Federal…E todos calados…

GENOCIDA PRESO

12/02/2023 - 18h00

a direita ó o lixo da história

nunca vi um direitoso fazer uma proposta de valorização do salário mínimo

agora habemos presidente e o salário vai aumentar acima da inflação

Xuxo

12/02/2023 - 17h14

O salário mínimo além de ter legalizado a escravidão (1 salário+cesta básica) é claramente utilizado para comprar votos, fazer campanha eleitoral, etc…

É a pura essência do terceiro mundo.

Fanta

12/02/2023 - 15h07

O salário mínimo é uma vergonha, é a legalização da escravidão com tanto de exploração por ratos camuflados de politicos.

E os brasileiros acham a coisa melhor do mundo, não falam de outra.


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