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O sangue de Dorothy lavou a terra. A Amazônia resiste!

Relembramos hoje (12), os 18 anos do martírio da missionária norte-americana Dorothy Stang, assassinada em uma emboscada em Anapú (PA) Publicado em 12/02/2023 Por Ayala Ferreira – Direção Nacional do MST pelo Setor de Direitos Humanos – Da Página do MST MST — Neste domingo, 12 de fevereiro, relembramos os 18 anos do martírio da […]

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Carlos Silva/Divulgação/ Direitos Reservados

Relembramos hoje (12), os 18 anos do martírio da missionária norte-americana Dorothy Stang, assassinada em uma emboscada em Anapú (PA)

Publicado em 12/02/2023

Por Ayala Ferreira – Direção Nacional do MST pelo Setor de Direitos Humanos – Da Página do MST

MST — Neste domingo, 12 de fevereiro, relembramos os 18 anos do martírio da missionária norte-americana Dorothy Stang. Irmã Dorothy, como era chamada, tinha 73 anos quando foi assassinada com seis tiros, à queima-roupa, numa emboscada em uma estrada rural no município de Anapú, no Pará, em 2005.

Ela foi morta por ter se colocado ao lado dos camponeses e dos povos tradicionais na luta pelo reconhecimento de suas terras, territórios e de práticas sustentáveis que equilibram a agricultura com o extrativismo florestal, no que denominamos de Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS).

O assassinato da Irmã Dorothy não foi um caso isolado, se soma a triste realidade de criminalização, ameaças e assassinatos de mulheres e homens que lutam pela Reforma Agrária, pela defesa dos bens naturais em seus territórios e pela garantia dos direitos humanos no Brasil.

Os dados organizados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) revelam a gravidade dessa realidade: somente no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022), cerca de 111 pessoas foram assassinadas por conflitos no campo.

A região Amazônica, com destaque para os estados do Maranhão, Rondônia e Pará lideram a lista do ranking da violência do campo. Em 2021, por exemplo, presenciamos estarrecidos a execução com um tiro na nuca de Fernando dos Santos, principal testemunha do massacre de Pau D´arco, que aconteceu em 2017 no sul do Pará.

Nesta mesma região, em janeiro de 2022, em São Felix do Xingu, uma família de ambientalistas, pai, mãe e filha foram assassinatos dentro de sua propriedade. Entre 2021 e 2022 oito camponeses moradores de um mesmo território, no acampamento Tiago Santos foram assassinados em Rondônia.

Histórico da Impunidade

Impera sobre esses casos a impunidade. Nenhum dos mandantes e dos executores foram identificados ou responsabilizados.

A violência é resultado do modelo do capital na Amazônia. Impera um processo de destruição que durante o Governo Bolsonaro foi incentivado e amplificado a partir das seguintes medidas: desmonte dos órgãos fundiários e ambientais, eliminação da participação dos povos da região nas instâncias de decisão, impulso à violência via proliferação de armas e militarização dos conflitos, mudanças legislativas visando a desregulamentação total da apropriação e uso da terra e da natureza.

Iniciamos 2023 com um novo governo no comando do Poder Executivo. Lula carrega em seu terceiro mandato uma série de desafios e, entre eles, a luta pela defesa dos bens naturais e dos povos da floresta. Sabemos que, concretamente, essa defesa também passa pelo combate real à violência e à impunidade que marcam a luta pela terra e pelos territórios no país.

Defender a terra, as florestas e as águas é também combater toda e qualquer forma de violência gerada nas comunidades sob ataque das diferentes faces do agronegócio nos territórios brasileiros.”

Lula tem a chance e responsabilidade de tratar com seriedade e pautar em seu governo políticas sérias e responsáveis, que possibilitem a segurança daqueles e daquelas que defendem a vida em nosso país.

Irmã Dorothy e tantos outros lutadores e lutadoras tiveram seu sangue derramado em solo fértil de resistência e organização popular. Enquanto nossos inimigos querem nos destruir sob a orquestra do avanço do capital em nossos territórios, nosso desafio é transformar nosso combate cotidiano em ferramenta de enfrentamento ao modelo de morte, violência e exploração sobre nossos corpos e territórios.

Resgatando uma das declarações da missionária:

“Não vou fugir nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor, numa terra onde possam viver e produzir com dignidade, sem devastar” (Dorothy Stang). Que essa seja nossa bandeira: a vida melhor para todos!

Dorothy se mantém viva em nossas lutas, marchas e em todo lugar onde o povo seguir em resistência: na Amazônia, no Brasil e no mundo.

Irmã Dorothy: presente!

Edição: Solange Engelmann

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Comentários

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Paulo

12/02/2023 - 23h12

A irmã Dorothy, sem dúvida, era uma grande cristã, o que se comprova com sua vocação de servir à comunidade, antes de se servir dela. Mas talvez estivesse influenciada demais pela Teologia da Libertação, receio dizer. Conheci na Fefeleche uma freira holandesa engajada nesse tipo de movimento. Um desserviço ao catolicismo. Uma grave heresia, nas palavras de Bento XVI, comparável ao Arianismo, dos tempos iniciais da Igreja. Mas sem dúvida o Misericordioso, sabendo-a induzida a erro, haverá de lhe dar o julgamento adequado, sendo o “justo Juiz” de que falava o Apóstolo Paulo…

GENOCIDA PRESO

12/02/2023 - 18h04

mulher guerreira que desafiou a escumalha da direita

com o desgoverno do ex-presidente fujão/cagão comprovou-se que a direita é o lixo da história

quero ver ele fazer sala na mesma cela do parça daniel silveira, na papuda

tic tac


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