Retorno das atividades ocorre após anos de suspensão do diálogo
Publicado em 07/02/2023 – 14:25
Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil – Brasília
Agência Brasil — O governo federal retomou hoje (7) a Mesa Nacional de Negociação Permanente com entidades representativas dos servidores públicos. O retorno das atividades ocorre após anos de suspensão do diálogo entre as partes.
A mesa foi originalmente instalada em 2003. Com a retomada, o governo federal promete voltar a liderar a construção de canais participativos, onde sejam tratados conflitos e demandas decorrentes das relações de trabalho na administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
A iniciativa, de acordo com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, buscará soluções negociadas entre as partes e o estabelecimento de normas que visem à melhoria da qualidade dos serviços prestados, além do debate de temas relacionados à democratização do Estado e à cidadania.
“Apesar de o governo anterior não ter feito o diálogo com os servidores, eles não revogaram a mesa. Simplesmente não chamaram as pessoas para conversar. Ou, quando chamaram, chamaram de maneira truculenta e autoritária”, disse. “A reabertura, este ano, é um compromisso com a democracia brasileira e com o respeito a quem presta o serviço público.”
Para o secretário de Gestão de Pessoas e Relação de Trabalho da pasta, Sérgio Mendonça, a mesa constitui um instrumento importante na democratização do Estado e das relações de trabalho no serviço público federal, baseada em princípios como legalidade, impessoalidade, moralidade, participação, da qualidade dos serviços, e liberdade sindical.
“Muitos dizem que os servidores estatutários aderem a um regime legal e devem obedecê-lo rigidamente, sem espaço para conflito. A mesa não parte dessa premissa, ao contrário, entende que os servidores, como todos os trabalhadores, têm legítimos interesses que podem ou não entrar em conflito com a administração e com o governo federal.”
Também participaram da solenidade os ministro da Fazenda, Fernando Haddad; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; da Previdência Social, Carlos Lupi; da Educação, Camilo Santana; e dirigentes de entidades representativas de servidores públicos federais.
“Sou servidor público estadual, sou professor da Universidade de São Paulo e sei o que é ficar anos sem nenhum tipo de atendimento ou consideração. Pior do que isso é ser demonizado por aqueles que deveriam estar cuidando da sociedade e daqueles que cuidam da sociedade. O objetivo aqui é tirar a granada do bolso de vocês”, pontuou Haddad.
“O importante é dialogar. Democracia é isso. Respeito às diferenças, às visões de mundo. Sempre construir consensos, caminhos que possam valorizar e respeitar aquilo que é mais importante dentro de um governo e de uma gestão, que é a qualidade do serviço público prestado à população”, defendeu o ministro da Educação.
O secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, Sérgio Ronaldo, classificou o momento como importantíssimo para as entidades sindicais. “Depois de todas as turbulências a que nós sobrevivemos nos últimos seis, sete anos”, lembrou. “Foi na mesa de negociação que conseguimos tratar de todas as demandas e fazer um bom debate.”
“Queremos que hoje, se possível, no horário da tarde, a gente já dê o primeiro passo no processo de negociação para o conjunto de servidores do Executivo”, concluiu.
Edição: Juliana Andrade
Nostradamus
08/02/2023 - 09h33
Essa fanta não passa de água de barrela!
Fanta
07/02/2023 - 22h40
Os serviços públicos no Brasil são uma porcaria, não há o mínimo respeito pelos usuários.
Fila intermináveis, incompetência, se lixam altamente do que fazem sabendo muito bem que os brasileiros são totalmente passivos, não reclamam de nada.
Mas quando o assunto é dinheiro acordam de repente e viram galetos.
Paulo
07/02/2023 - 20h27
“Fanta”, o n° de servidores públicos é baixo, no Brasil, comparativamente a outros países. Esse é mais um mito cuidadosamente cultivado junto à opinião pública, e que serviu de mote para que vagabundos como Bolsonaro – que sempre viveu de dinheiro público – e Porco Guedes – que odeia o servidor público, desde sempre – pudessem criar alíquotas previdenciárias progressivas que fizeram do servidor público civil da União o mais espoliado pela Reforma Previdenciária havida, através da manipulação política junto à população. Todos bradaram a “justiça” realizada, esquecendo-se do caráter icônico e sagrado dos contratos, junto aos economistas liberais, mas que, paradoxalmente, não parece ser aplicável ao funcionalismo…Estranho, não!?
Fanta
07/02/2023 - 16h54
Uma espécie de sindicato para não perder votos dos funcionários públicos que não é novidade nenhuma que sejam na grande maioria eleitores de esquerda por interesses particulare$.