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Mercadante assume BNDES tendo o compromisso de reindustrializar o Brasil

Nesta segunda-feira, 6, o ex-ministro Aloízio Mercadante assume a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Nacional e Econômico (BNDES), onde deverá executar as medidas necessárias para o crescimento do Brasil. Em entrevista ao Valor Econômico, Mercadante afirmou que sua gestão a frente do banco deverá focar na reindustrialização e a transição para uma economia verde. […]

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Imagem: Divulgação

Nesta segunda-feira, 6, o ex-ministro Aloízio Mercadante assume a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Nacional e Econômico (BNDES), onde deverá executar as medidas necessárias para o crescimento do Brasil. Em entrevista ao Valor Econômico, Mercadante afirmou que sua gestão a frente do banco deverá focar na reindustrialização e a transição para uma economia verde.

“Nossa diretoria não veio para retomar o BNDES do passado, mas para construir o do futuro. Um banco que será verde, digital, industrializante e inclusivo. O BNDES teve historicamente uma participação no PIB de 1,5% a 2%. Na crise de 2008, o BNDES chegou a quase 4% e gerou esse tensionamento com o mercado de capitais. Hoje ela é de 0,7%, mas tem espaço para crescer e retomar esse patamar de até 2% do PIB”, lembrou o novo presidente do banco.

“Este BNDES não pode se alavancar com subsídios fiscais. Não tem espaço no orçamento. Por outro lado, o BNDES devolveu ao Tesouro de 2015 para cá R$ 678 bilhões. Tinha recebido 54% desse valor. Uma série de instrumentos foram desenvolvidos para este processo de transferência de recursos. Este não é o espaço de um banco de desenvolvimento, mas o de impulsionar o investimento público e privado. Até 2024 devolveremos os R$ 24 bilhões que restam. E é este equilíbrio com o Tesouro que buscamos”, prossegue.

Na sequência, Mercadante destacou o foco nas exportações como forma de alavanca a balança comercial brasileira. “O BNDES tem que constituir um Eximbank para o comércio exterior. Todos os países desenvolvidos, EUA, China, Alemanha, os países da OCDE já têm um Eximbank, um banco focado no fomento às exportações. Nós queremos fortalecer as exportações porque 98% do mercado está fora do Brasil. A competitividade depende de escala. As cadeias globais de valor estão se regionalizando. Há uma mudança no cenário geopolítico internacional e um caminho de oportunidades no Brasil”.

“Só oito países no mundo produzem aviões. Não existiria Embraer sem BNDES. Nenhum banco queria financiar o ERJ 145, que foi o salto tecnológico da aviação regional da Embraer, quando foi apresentado. O BNDES financiou e foi um êxito. Ganhou 0,5% de royalties para cada avião que fosse vendido. E 1.270 aviões foram exportados. Tem que financiar inovação, patentes. É importante que o Brasil seja um grande produtor de alimentos, mas o emprego de qualidade é a indústria que gera. Temos que reindustrializar o país”, completou.

Vale lembrar que a posse de Mercadante ocorrerá ás 10hrs na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, e terá as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro da Indústria e Comércio.

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Gabriel Barbosa

Jornalista cearense com pós-graduação em Comunicação e Marketing Político. Atualmente, é Diretor do Cafezinho. Teve passagens pelo Grupo de Comunicação 'O Povo', RedeTV! e BandNews FM do Ceará. Instagram: @_gabrielbrb

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