Por Altamiro Borges
O “fujão” Jair Bolsonaro está apanhando até nas redes sociais, terreno onde sempre teve hegemonia. O site Metrópoles informa que sua permanência nos EUA, inclusive com o pedido de visto de turista por seis meses, foi rejeitada por 71,4% das postagens sobre a fuga no Facebook, Instagram e Twitter. Apenas 13,1% reagiram positivamente à decisão do ex-presidente – também apelidado de “chorão” e “cagão” pelos internautas.
“Os dados foram levantados pela Vox Radar, empresa de análise de métricas de redes sociais. Ao todo, no intervalo de tempo analisado, entre 27 e 31 de janeiro, foram cerca de 900 mil interações e compartilhamentos de publicações que mencionavam o ex-presidente e a possibilidade de permanência nos EUA”, descreve o site.
A pressão nos EUA pela extradição do fascista
A situação do “fujão” pode se deteriorar ainda mais a depender da decisão do Departamento de Estado dos EUA sobre o seu pedido de visto. Há uma forte pressão para que ele seja negado. No Partido Democrata de Joe Biden, 48 deputados federais já aderiram ao movimento pela extradição imediata do golpista brasileiro. Até no condomínio de luxo em Orlando, onde ele se refugiou, há uma revolta dos moradores, que pedem sua expulsão.
Além disso, Jair Bolsonaro pode ter dificuldades financeiras para manter sua permanência e da seus jagunços nos EUA. Com o visto de turista, ele não pode ser remunerado por palestras ou qualquer tipo de atividade no país. “Caso fique comprovado que recebeu diretamente de um empregador norte-americano, estará infringindo as leis de imigração, sendo passível de punição. No limite, pode ser alvo de processo de deportação”, afirma Leonardo Sakamoto, no site UOL.
Na semana passada, o fascista nativo discursou para fanáticos seguidores em dois eventos. No organizado pelo grupo Yes Brasil-USA, ele falou para apoiadores que compraram ingressos entre 10 e 50 dólares cada e voltou a insuflar suas milícias terroristas ao afirmar que o governo Lula “não vai durar muito tempo”. Já a atividade em Miami foi organizada por uma seita fascista que teve participação direta no ataque ao Capitólio em janeiro de 2021 e é alvo de investigações da polícia estadunidense.