Por Gilberto Maringoni
A equipe econômica do governo precisa atuar como equipe econômica do governo. Num momento de duro enfrentamento com o fascismo e o golpismo militar, a pior coisa que pode acontecer é algum ministério fazer de conta que vivemos uma situação normal.
O pacote econômico divulgado há alguns dias embute um corte de R$ 50 bi, abaixo (!) do teto de gastos. Não é à toa que aleguem não haver condições de aumentar o salário mínimo e alterar a tabela do IR. Para culminar, a gasolina subiu hoje, por força da política de preços da Petrobrás. Os três pontos são promessas de campanha.
Os discursos de Lula e seu corajoso enfrentamento do golpismo militar contentam uma parcela pequena da população. Para a maioria, o que importa é a vida melhorar. O mais rápido possível, pois não custa lembrar que Bolsonaro teve metade dos votos em outubro.
Parece haver um espírito de Múcio tomando conta de alguns membros do primeiro escalão. Explica-se: em sua posse, o ministro da Defesa afirmou ser um representante das Forças no governo. Será que a cúpula econômica quer agir como representante dos mercados na administração pública?
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