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Fernando Brito: Destruir ianomamis sempre foi obsessão para Bolsonaro

Por Fernando Brito Ótima reportagem de Lira Neto, publicada hoje no Diário do Nordeste, (leia aqui) documenta a história que é indispensável para entender a tragédia que se passa na reserva ianomami, onde pessoas estão morrendo como moscas por conta da devastação e do envenenamento dos rios provocados pelo garimpo ilegal estimulado durante o governo Jair Bolsonaro. É […]

3 comentários
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Imagem: Reprodução

Por Fernando Brito

Ótima reportagem de Lira Neto, publicada hoje no Diário do Nordeste, (leia aqui) documenta a história que é indispensável para entender a tragédia que se passa na reserva ianomami, onde pessoas estão morrendo como moscas por conta da devastação e do envenenamento dos rios provocados pelo garimpo ilegal estimulado durante o governo Jair Bolsonaro.

É a trajetória do Projeto de Decreto Legislativo apresentado pelo então deputado de primeiro mandato, em 1993, pretendendo anular a demarcação das terras indígenas para aquela etnia, assinado um ano antes, por Fernando Collor, sob o argumento que não se poderia destinar áreas de fronteira para reservas e, entre outras razões, que a área era “riquíssima em madeiras nobres e minerais raros”.

O projeto chegou a ir a plenário, para votação em urgência, recusada pela maioria da Câmara.

Bolsonaro jamais desistiu de tirar a terra dos índios e, em 2003, conseguiu desarquivar seu projeto, para ser novamente rejeitado quatro anos depois.

Sempre foi sua ideia fixa, uma espécie de Mein Kampf, ao ponto de ser objeto de 44 pronunciamentos em seus mandatos. Em 2015, ele bradava:

“A reserva ianomâmi, lá em Roraima, e um pedacinho no Amazonas, tem duas vezes o tamanho do Rio de Janeiro, para 9 mil índios! Isso é um crime! O Brasil tem que ser nosso!

É possível acreditar que o desastre humanitário que está sendo revelado agora é resultado apenas de desídia ou incompetência deste homem?

Os antecedentes mostram que a destruição daqueles índigenas – aliás na mesma região onde ele disse ter se interessado em “ver o índio sendo cozinhado” – sempre foi uma obsessão de Bolsonaro.

É uma questão de honra para o nosso país levar esta monstruosidade aos tribunais. E não é possível fugir, desta vez, da palavra infamante: genocídio.

Texto publicado originalmente no Tijolaço

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Comentários

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Luan

25/01/2023 - 19h25

Chega a dar nojo a naturalidade com a qual o petralhume explora a morte e os problemas das pessoas por fins particulares, sao profissionais em se nutrir de carniça.

Bandoleiro

25/01/2023 - 19h21

Estes indios estao onde estao hà centenas de anos e de la pra cà nao conseguiram se organizar para plantar o que comer, pescar, criar porcos e galinhas ou ter umas vacas para dar leite aos meninos ?

De repente de um dia pro outro morrem de fome…? Eu nao acredito que sejam tao idiotas e nem que
sejam “Baianomamis” e durmam o dia inteiro na rede (ou pulem feitos mongoloides atras de umcarro de som trocando socos na cara…kkkkkk), acredito que sejam um pouco mais inteligentes.

As ONG servem par que….? Nem pra arranjar medicos e remedios e levar là ?

O territorio yanomami é do tamnho do um estado e é impossivel que tudo tenha sido contaminado ou destruido pelo garimpo ao ponto de nao ter mais o que comer…quem acredita nisso é um idiota.

Eu acho que tem algum outro fim atras disso…talvez demarcar mais terras indigenas ou alguma outra coisa.

Tà fedendo bastante esta historia contada pelo rabo para impressionar os noveleiros no padrao Globo de asneira…

Paulo

25/01/2023 - 19h06

Não descarto, completamente. Entretanto, é perigoso reconhecer o Estado brasileiro como responsável pelo ato. Pode ser o pretexto que os gringos esperam para nos tomar a área ou impor-nos um estatuto de “soberania relativa”, e não só na terra Yanomami, se é que me entendem…


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