Neste sábado, 21, o general, senador eleito e ex-vice-presidente, Hamilton Mourão, atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ter exonerado o comandante do Exército, general Julio César de Arruda.
O militar disse a Folha que Lula quer instigar uma crise com as Forças Armadas. “Se o motivo foi tentativa de pedir a cabeça de algum militar, sem que houvesse investigação, mostra que o governo realmente quer alimentar uma crise com as Forças e em particular com o Exército. Isso aí é péssimo para o país”.
Para substituir o general Júlio César de Arruda, o presidente nomeou o atual comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.
Paiva foi chefe de gabinete do general Eduardo Villas Bôas, que comandou o Exército durante os governo de Dilma Rousseff e Michel Temer. O militar também foi quem publicou os tuítes em abril de 2018, para pressionar o Supremo Tribunal Militar, no julgamento do habeas corpus que evitaria a prisão de Lula.
Saladino
26/01/2023 - 00h43
Desde meados dos anos 1970, quando teve início a autoproclamada “abertura lenta, gradual e segura”, um dos objetivos principais dos militares se tornou garantir não apenas a impunidade dos torturadores, mas também o esquecimento do passado. Esse é o sentido profundo da Lei de Anistia de 1979: impedir a responsabilização criminal, é claro, mas também garantir que as Forças Armadas não seriam vistas, pela opinião pública e pelo conjunto da sociedade, como responsáveis pela violência da repressão e pela tragédia econômica e social do regime.
Os “filhotes da ditadura”, como bem definiu Leonel de Moura Brizola, chegaram ao Alvorada e ao Jaburu, eleitos e formando uma CHAPA MILITAR de apologistas da tortura. Vale dizer, filhotes puro-sangue da linha-dura da ditadura, não da “Sorbonne da Praia Vermelha”.
Mourão é só mais um discípulo entre os herdeiros da linha-dura liderada por Sylvio Frota, o general que comandou a tentativa do golpe dentro do golpe, sem êxito; porque foi detido no meio do caminho pelo general Hugo Abreu por ordem direta de Ernesto Geisel.
Hoje, a minoria do Forte Apache é legalista. A maioria virou à extrema-direita e idolatra o Capitão de Hospício que lhes garantiu uma previdência robusta nunca antes vista na história deste país.
A encrenca da “questão militar” não terminou e promete capítulos de tensão, caso a dinâmica macroeconômica de Luis Inácio III dê com os burros n’água.
carlos
22/01/2023 - 10h41
Ainda ontem eu fiz neste espaço, elogiando uma entrevista da CNN com general Santos Cruz, achei muito equilibrado, ele pedir uma trégua neste momento que pasam o povo brasileiro, em relação às suas instituições, qdo merecem atitudes equilibradas não é momento para animosidades.
Luiz
22/01/2023 - 09h27
Se ele não gostou é porque o Lula está no caminho certo.
carlos
22/01/2023 - 07h36
Eu acho que o senador mourão não é a pessoa indicada prá falar, a realidade é que ele faça o trabalho dele como senador eleito Oi seja ele foi eleito prá representar o povo produzido boas leis bons projetos para o Brasil não nada que se imiscuir na casa que não será sua.
Paulo
21/01/2023 - 23h17
Gosto do Villas Boas, e gosto, sobretudo, do gal. Santos Cruz. Nesse eu confio. O resto, prefiro aguardar…