Ainda na entrevista a GloboNews, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) explicou por que desautorizou uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) contra os terroristas bolsonaristas após as invasões ao Congresso, ao Planalto e ao Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia 8, em Brasília (DF).
“Quando fizeram GLO no Rio de Janeiro, o Pezão, que era governador, virou rainha da Inglaterra. Eu tinha acabado de ser eleito presidente da República. […] O importante é que eu fui eleito presidente da República desse país. E eu não ia abrir mão de cumprir com as minhas funções e exercer o poder na sua plenitude”, explicou.
Militares serão punidos
Ainda nessa entrevista a jornalista Natuza Nery, Lula disse que militares que participaram dos atos golpistas no último dia 8, em Brasília (DF), juntamente com terroristas bolsonaristas, serão punidos.
“Todos que participaram do ato golpista serão punidos. Não importa a patente, não importa a força que ele participe. Terão que ser afastados das suas funções e vão responder perante a lei”, afirmou o presidente em entrevista à jornalista Natura Nery.
Ainda durante a entrevista, Lula reforçou a necessidade de “não politizar as Forças Armadas”. “O soldado, o coronel, o sargento, o tenente, o general, ele tem direito de voto, ele tem direito de escolher quem ele quiser para votar. Agora, como ele é um cargo de carreira, ele defende o estado brasileiro. Ele não é Exército do Lula, ele não é do Bolsonaro, não foi do Collor, não foi do Fernando Henrique Cardoso”, lembrou.
Por fim, Lula admitiu que houve um “erro” dos serviços de inteligência do Governo Federal e revelou que não foi avisado sobre as mobilizações golpistas.