Segundo o republicano James Comer, George Santos pode ter o mandato revogado se for constatado que violou as leis de financiamento de campanha.
Sputnik – Eleito deputado nas eleições legislativas americanas de novembro de 2022, o brasileiro George Santos pode perder o cargo, caso seja comprovado que violou as leis de financiamento de campanha. A informação foi dada neste domingo (15), pelo deputado republicano James Comer, presidente do Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes.
Santos é pivô de um escândalo envolvendo mentiras em seu currículo acadêmico, profissional e sobre suas origens, divulgadas por ele durante campanha. Ele admitiu ter forjado parte de seu passado antes de sua eleição para a Câmara.
Em dezembro, Santos admitiu ter mentido durante a campanha sobre partes de sua biografia, incluindo sua experiência profissional e educacional. Na última quarta-feira (11), o Comitê Republicano do Condado de Nassau, que apoiou a campanha de Santos, disse que o congressista desonrou a Câmara dos Representantes e pediu sua renúncia. Santos repetidamente se recusou a renunciar.
Porém, neste domingo, James Comer afirmou que o brasileiro pode ser obrigado a renunciar, não pelas mentiras espalhadas, mas se constatado que violou as leis de campanha.
“No final das contas, não cabe a mim ou a qualquer outro membro do Congresso determinar se ele pode ser expulso por mentir. Agora, se ele violou as leis de financiamento de campanha, será removido do Congresso”, disse Comer, em entrevista à CNN.
Comer chamou seu colega republicano de “bandido” e enfatizou que considera “desprezível” e desaprova a forma como Santos chegou ao Congresso. Ainda assim, ele destacou que Santos não é o primeiro político que chegou ao Congresso americano por meio de mentiras.
“Ele estará sob rigorosa investigação ética, não necessariamente por mentir, mas por suas possíveis violações de financiamento de campanha”, disse Comer.
Em dezembro de 2022, o ministério público federal dos EUA iniciou uma investigação sobre as acusações contra Santos. Na segunda-feira passada, o Campaign Legal Center, um grupo apartidário de vigilância do governo, apresentou uma queixa à Comissão Eleitoral Federal, argumentando que Santos e seu comitê de campanha de 2022 também violaram as leis de financiamento de campanha.