Ministros nomeados para integrar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva manifestaram, na Câmara dos Deputados, sua expectativa em relação à nova gestão. Em linhas gerais, os indicados que falaram à TV Câmara neste domingo (1º), dia da posse de Lula como presidente do Brasil pela terceira vez, estão confiantes de que haverá investimentos em pautas importantes, como a do Desenvolvimento Regional, a do Meio Ambiente e a da Ciência e Tecnologia.
Uma das mulheres a integrar o novo governo, a ex-deputada e ex-vice-governadora de Pernambuco Luciana Santos, nomeada para a Ciência e Tecnologia, demonstrou uma “expectativa enorme” e disse que a “página do negacionismo” será virada no País.
“O presidente Lula já avisou que tem reunião ministerial logo no início do mês. Desde o primeiro momento, estamos trabalhando para fazer jus à confiança que o povo brasileiro depositou no nosso programa e no nosso governo”, declarou Luciana Santos. “Vamos usar a nossa inteligência coletiva e o nosso trabalho para colocar a ciência e a tecnologia no posto de comando do país. A gente vai virar essa página de negacionismo, e a ciência vai voltar a ter prioridade no Brasil.”
Nomeado ministro da Secretaria de Comunicação Social, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou que o primeiro dia do ano teve um diferencial, por ser um momento de renovar as expectativas do povo brasileiro. “A gente vê esta multidão que está aqui em Brasília, muito por conta de uma esperança de que a vida possa melhorar, de que o País possa voltar a crescer, gerar empregos, criar oportunidades. Isso é muito representado na figura do presidente Lula”, afirmou Pimenta.
Paulo Pimenta acredita em uma capacidade do novo governo de recuperar o Brasil como protagonista do cenário internacional, com pautas importantes, como a ambiental e a climática, as políticas de combate à fome e o fortalecimento das economias da América do Sul e das diferentes regiões do Brasil.
Responsabilidade parlamentar
O deputado Alexandre Padilha (PT-SP), que volta a ocupar a Secretaria das Relações Institucionais, cargo que capitaneou entre 2009 e 2010, no segundo governo de Lula, também afirmou que a expectativa é a melhor possível.
Ele acrescentou que o Congresso Nacional, em especial a Câmara, deu demonstração de muita responsabilidade no fim do ano, quando aprovou a chamada PEC da Transição. Ainda segundo Padilha, o momento é de reconstrução, e a Câmara vai ter um papel importante.
Redução das filas
À frente do recriado Ministério da Previdência Social no novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PDT e ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi, anunciou que sua primeira missão à frente da pasta será reduzir as filas de aposentados, pensionistas e beneficiários do BPC.
“Vamos fazer um mutirão para colocar as filas nos índices do que foi o primeiro governo Lula. Eram cinco dias de prazo para a pessoa conseguir o seu benefício”, disse Lupi. “Não é simples, há mais de 1,3 milhão de pessoas nas filas em todos os setores. Temos que melhorar.”
Sobre a recriação da pasta, Carlos Lupi afirmou que é impossível um país do tamanho do Brasil, com cerca de 36 milhões de dependentes da Previdência, não ter um ministério que cuide de quem ajudou a construir a Nação, “que são os nossos aposentados e pensionistas”.
Segurança alimentar
Nomeado ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) falou da necessidade de remontar as políticas públicas, na área de segurança alimentar.
“Por um lado, tem de ter financiamento rápido, porque tem safras que já podem ser financiadas. Pode ser lançado um grande Plano Safra para agricultura familiar, junto com assistência técnica e junto com compras públicas. Por outro lado, vamos voltar com um programa de compra da agricultura familiar”, disse. O chefe da pasta salientou que o País tem atualmente 33 milhões de pessoas em situação de fome.
Embratur
O deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), escolhido para chefiar a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), disse que a ênfase será na geração de emprego.
“O turismo é transversal e, no século 21, uma grande possibilidade de gerar emprego, renda e desenvolvimento compatível com o que o mundo espera do Brasil. Só o Brasil tem a Amazônia, a gente até hoje não conseguiu desenvolver um turismo climático e ambiental que possibilite as pessoas conhecer a Amazônia”, ressaltou.
Fonte: Agência Câmara de Notícias