Na última live como governante, Bolsonaro abandona seus apoiadores e descarta golpe de estado

Imagem: Divulgação

Na manhã desta sexta-feira, 30, Jair Bolsonaro (PL) fez a última live durante seu governo. O pronunciamento foi o mais longo desde sua derrota para o presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro finalmente reconheceu a derrota e mandou recado para seus apoiadores lunáticos que estão em frente aos quartéis pedindo golpe de Estado. O ainda inquilino do Planalto também afirmou que não vai falar contra as urnas eletrônicas para evitar processos na Justiça.

“O voto você vê pelas ruas. Quem já disputou eleição, quem não leva povo para a rua não tem voto. Nós levamos multidões. As esperanças de vitória eram palpáveis. Veio o programa eleitoral, fomos massacrados com mentiras. Acusações absurdas”, disse ele.

“As questões das rádios também, tinha mais espaço para um do que para outro. Tivemos também medidas adotadas pela Justiça Eleitoral que ninguém conseguia entender. Tivemos problemas. Foi uma campanha imparcial? Obviamente que não. E tivemos então o resultado. Se você duvidar da urna, você está passível de responder processo. Tudo bem, não vamos duvidar. O partido nosso entrou com uma petição e em vez de o TSE discutir, no dia seguinte deu uma multa”, prosseguiu.


Ainda no pronunciamento, Bolsonaro afirma que não levará adiante um golpe de estado por falta de “apoio”. “Qualquer medida de força, sempre há uma reação. Tem que buscar o diálogo, não pode dar um soco na mesa. Isso tudo trouxe uma massa de pessoas para as ruas, protestando. Essa massa, atrás de segurança, foi para os quartéis. Não participei desse movimento, me recolhi”.

“Acreditava, e acredito ainda, que não falar sobre o assunto para não tumultuar mais ainda. O que houve pelo Brasil foi uma manifestação do povo, não tinha liderança, ninguém coordenando. E o protesto, pacífico, ordeiro, seguindo a lei, tem que ser respeitado, contra ou a favor de quem quer que seja”.

“Busquei, dentro das quatro linhas, das leis, saída para isso aí. Se a gente podia questionar alguma coisa… Tudo dentro das quatro linhas. Eu não saí ao longo do mandato das quatro linhas. Ninguém quer uma aventura. Agora, muitas vezes, dentro das quatro linhas você tem que ter apoios. Em nenhum momento fui procurado para fazer nada de errado, violentando seja o que for. Fiz minha parte, estou fazendo até hoje, dentro das quatro linhas. Agora, certas medidas têm que ter apoio do parlamento, do Supremo, de outros órgãos, de outras instituições”, completou.

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