O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), revelou durante entrevista coletiva que apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que estão acampados em frente ao quartel-general do Exército em Brasília, articularam o atentado frustrado a bomba e chegaram a procurar um sniper para pedir aulas antes da posse do presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Dino deu as declarações ao lado do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), após uma reunião para tratar da segurança da posse de Lula. “Estamos tratando realmente como ato terrorista. Todas as providências já foram tomadas pela polícia e pelo Poder Judiciário no sentido da repressão”, disse o futuro ministro.
“Queremos deixar bem claro que a polícia está preparada para reprimir atos como esses. É um crime hediondo e que pode levar até 30 anos de prisão”, prosseguiu.
“Porém está sendo tratado naquilo que nos cabe, como terrorismo. O próprio depoimento do George (terrorista bolsonarista que foi preso com armas e bombas) deixa isso claro. Houve busca de preparação para ser sniper. É um elemento dissuasório”, esclareceu.
Ainda na coletiva, o socialista garantiu que os terroristas terão “penas muito altas”. “Isso não pode ser tratado como uma coisa qualquer. Estamos tratando de pessoas que ameaçam vidas e integridade física e patrimonial. Por isso, provavelmente, receberão penas muito altas. Que isso sirva de exemplo para eventuais outras pessoas que tenham a mesma intenção”.