Em editorial publicado nesta sexta-feira, 23, a Folha de São Paulo fez uma defesa aberta da política ultraliberal do ex-ministro da Economia do Governo Bolsonaro, Paulo Guedes. No texto, o editorialista escreve que “em contraste com o atraso civilizatório generalizado da gestão que se encerra no fim deste ano, o cenário econômico transformou-se para melhor”.
Em outro trecho, a Folha argumenta que “com o PIB avançando acima dos 3%, e o emprego teve retomada vigorosa. A inflação deixou o patamar de dois dígitos e se encontra em trajetória de queda mais adiantada que a de países ricos. A dívida pública voltou ao patamar pré-pandemia”.
O jornal também ataca o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antes mesmo de começar, alegando que o líder progressista foi “eleito com margem mínima de votos” e que por isso “tem menor margem para erro”.
Por fim, a Folha afirma que “os petistas, que não parecem dispostos a dividir as decisões de governo, trataram de mais que duplicar a alta recomendável do gasto já no primeiro ano de Lula e a recuperar o discurso envelhecido de 40 anos atrás contra as privatizações —como se não fosse importante estancar a sangria dos cofres públicos com as estatais ineficientes e aumentar o investimento em infraestrutura e saneamento básico”.