FUP assina carta da Plataforma Operária e Camponesa da Água e Energia 

Imagem: Divulgação

Entidades sindicais e movimentos sociais reivindicam soberania energética e preços abrasileirados dos combustíveis

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) assinou a carta “por soberania energética e preços abrasileirados”, escrita pela Plataforma Operária e Camponesa da Água e Energia, da qual faz parte, junto com diversas organizações. 

O documento enfatiza que a área energética do Brasil foi construída para ser um setor de excelência. O país possui bases naturais – água, rios, petróleo, sol, vento, entre outros – que, somado do know how de sua força de trabalho, coloca o Brasil em destaque neste segmento a nível mundial. 

Nesta sexta-feira, 16, a “Plenária Nacional da Esperança – Por Soberania Energética e Preços Abrasileirados” foi realizada com a participação de entidades  que fazem parte da plataforma e assinam a carta, que reúne propostas das organizações para o Ministério de Minas e Energia do futuro governo Lula.

Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, destacou que é de suma importância os coletivos se posicionarem frente à escolha do ministro de Minas e Energia.

“Esse ministério é muito relevante para o país, não somente pela sua posição estratégica com relação ao setor e à necessidade de termos uma soberania energética e popular, mas também por conta das várias atividades desse setor, que atinge uma série de trabalhadores e trabalhadoras e de povos que estão sendo prejudicados pela atuação das empresas da área de mineração, por exemplo, fazendo grilagem pelas regiões do país, matando pessoas, devastando as nossas florestas, invadindo as reservas indígenas. Há, inclusive, outros segmentos, como o da energia elétrica – e agora a preocupação se amplia por causa da privatização do sistema Eletrobrás. Temos, também, o setor de petróleo e gás, com uma série de empresas atuando para além da Petrobrás aqui no Brasil, trazendo prejuízos enormes para as pessoas que são atingidas por essas atividades”, completa. 

As evidências na questão energética revelam uma situação dramática deixada ao país pelos governos Temer e Bolsonaro, desde os preços dolarizados dos combustíveis e gás de cozinha, que pressionam a inflação de forma direta, assim como o aumento abusivo do preço da energia elétrica. 

“É uma situação de destruição da soberania energética, da ciência e tecnologia e de todas as iniciativas de industrialização da energia. Nem a independência e a segurança energética do país estão garantidas”, diz a carta, lembrando também que o presidente Lula receberá um país com um rombo de R$ 500 bilhões no setor elétrico. “A venda da Eletrobrás causará mais aumentos de tarifas, privatização dos reservatórios e as demissões em massa de trabalhadores tendem a gerar perda de qualidade e apagões no futuro próximo”.

O documento, que será entregue ao futuro comando do Ministério de Minas e Energia (MME), pontua algumas proposições, como a necessidade de mudança da política dos preços e das tarifas dos produtos nacionais, a garantia do investimento público e estatal no desenvolvimento nacional e a retomada de investimentos no refino e produção de fertilizantes para atender a demanda do Brasil, entre outros. Leia carta na íntegra

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