O ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro, revelou em entrevista a TVT que a situação no Ministério da Saúde, na reta final do governo Bolsonaro, é de absoluto “caos”. A constatação foi feita devido a sua atuação no GT de Saúde.
“Esse caos e essa desorganização são um reflexo do que foi o governo Bolsonaro. É um final patético, para desespero da população brasileira”, disse Quioro.
“Nós não podíamos imaginar que a situação fosse tão grave. Em primeiro lugar, porque as informações mais sensíveis da gestão pública e não apenas da Saúde foram colocadas sob sigilo”, prosseguiu.
“Isso significa que nós fizemos o pedido formal de informações e eles são obrigados a nos dar, mas, por exemplo, nós não temos uma informação sobre o estoque existente e qual é o prazo de validade, que estão sob sigilo. Mas o que é mais grave é que, a despeito de estar sob sigilo, eles não sabem de fato o que eles têm, o que foi distribuído, e o que está para vencer”, completou.
No que diz respeito as vacinas, Chioro diz que até agora nem a Fiocruz e nem o instituto Butantan, responsáveis pela maioria das vacinas, não receberam a programação de compra dos imunizantes para 2023.
“O instituto Butantan, por exemplo, produz oito das vacinas do nosso calendário de vacinação e até agora não foi dito pelo Ministério da Saúde quantas doses precisarão ser produzidas. É inacreditável, eu diria que a situação nem é mais grau de insegurança, mas sim de caos”.
Assista a íntegra da entrevista!