Na manhã desta quarta-feira, 23, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o fortalecimento e a convivência com a democracia. No Twitter, o líder progressista falou em “paz” para o Brasil “voltar a crescer e gerar empregos”.
“O povo brasileiro quer um país em que volte a reinar a paz, a convivência democrática. O Brasil precisa de diálogo e trabalho conjunto para voltar a crescer e gerar empregos. Vamos juntos trabalhar para que nosso país volte a ter normalidade e prosperidade. Bom dia para todos”, disse Lula.
A publicação do presidente eleito acontece após o PL, partido de Jair Bolsonaro, ter ingressado com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) onde fala em suposto erro na contagem de votos no segundo turno.
EdsonLuíz.
24/11/2022 - 07h30
●ROUBAR o dinheiro…
▪que deveria ser usado para construir as passarelas por onde o povo vai passar para fazer suas manifestações reivindicando empregos, educação de qualidade, hospitais…
…. esse roubo é que não é democracia!
O que o PT fazia não era reivindicar essas coisas para o povo. Até porque quem reivindica para o povo é o povo mesmo!
O que o PT fazia —e que é mais uma das delinquências políticas que o bolsonarismo aprendeu com o PT– era tulmutuar e tirar a paz do Brasil.
Roubar o dinheiro do povo, entregar esse dinheiro para tubarões da construção civil, da exploração do petróleo e da produçào de proteínas e afogar o povo em uma gigante crise econômica é que não é democracia.
Minha questão é singela: junto da máscara de lulinha paz e amor virão pedidos de desculpas proporcionais às de delinquências antigas, de tulmutuar as cidades, de corromper o legislativo, de ficar com parte dos recursos da corrupção…?
Eu não acredito em conversões sem pedidos convincentes de desculpas.
EdsonLuíz.
23/11/2022 - 20h45
Toda a vida de uma cidade é institucional.
A função e o uso da cidade é um direito coletivo e regulado.
Há várias formas de usar a cidade, inclusive para o exercício do direito político de se manifestar. E tem, sim, direito de se manifestar aqueles que questionam a lisura de um processo eleitoral que eu e a outra metade da população entendemos ter sido um processo legítimo do ponto de vista da legalidade. Quem questiona o direito deles de se manifestar? No que eu escrevi eu não questiono a natureza da mobilização que tulmutue a cidade e no que está escrito nem há nenhuma possibilidade de inferência nesse sentido. Mas, como certas mentes deslizam para o que não há no que está enunciado… (“veem gatos onde não tem gatos”).
Delimitei minha questão entre pedir paz –e eu concordar— e se o pedido de paz feito hoje será acompanhado de desculpas por não terem dado paz nunca anteriormente.
Mas nenhuma manifestação, tenha a natureza que for, pode resultar em tumulto e em prejuízo dos demais usuários da cidade.
Nós, SEMPRE, por décadas, vimos serem criados esses tulmutos, com muito vandalismo, destruição de patrimônio público e muita queima de pneus, com a fuligem tóxica impesteando os céus e contaminando o ambiente. Os tumultos paralisavam as ruas; paralizavam toda a cidade.
Hoje, mais gente parece que está pedindo que não sejam criados tumultos. Eu discordo? Não, eu concordo que tumultos não sejam criados e impeçam o funcionamento das ruas e as cidades de cumprirem sua função.
Tulmutos provocados por mobilizações de quais naturezas?
Precisa dizer? De todas!
O que importa no que perguntei é se o pedido de paz no Brasil —com o qual eu concordo, mas duvido, principalmente a depender de quem peça a paz, mas não costuma dar— virá acompanhado de desculpas se for feito por aqueles que durante décadas queimaram pneus, obstruiram as ruas e paralisaram o funcionamento das cidades.
Vale para tumultuadores de ontem, de hoje e de amanhã, para que o direito de se mobilizar e se manifestar seja garantido, nas que seja exercido com civilidade.
Alexandre Neres
23/11/2022 - 21h27
Obrigado pela resposta, agora pude entender melhor sua concepção de democracia.
Para você, o bem jurídico mais importante a ser protegido é o direito de ir e vir do cidadão de bem, o qual não pode ser atrapalhado de modo algum, pouco importando qual seja o motivo.
Vamos listar alguns:
-cidadãos moradores da periferia cruzadas por BRs, em que não há passarelas, cujas crianças estão morrendo atropeladas, resolvem fechar a BR como forma de pressão para que sua situação seja resolvida;
-trabalhadores reivindicando manutenção do poder aquisitivo saem às ruas da cidade para lutar pelo seu direito, o que ocasiona transtornos nas vias públicas;
-partido político toma as ruas da cidade como forma de protesto para que os direitos dos trabalhadores não sejam subtraídos, interrompendo as vias públicas por determinado período;
-manifestações orquestradas com vistas a atacar a democracia, por não se aceitar o resultado das eleições, interrompendo as estradas por mais de 20 dias, inclusive por meio de locaute e de financiamento por patrões.
Todas as situações, segundo tal concepção, foram jogadas no mesmo balaio de gato, não fazendo o isentão qualquer distinção entre a legitimidade de cada uma. O fato de a democracia estar sob ataque sistemático é um mero efeito colateral de somenos importância.
EdsonLuíz.
23/11/2022 - 18h45
O Brasil realmente precisa de paz.
Mas é possível alguma paz no Brasil com o lulismo e o bolsonarismo tratando a política como guerra?
E o apelo de Lula a paz para não atrapalhar seu governo virá acompanhado de um imenso pedido de desculpas por o PT pelas décadas afora nunca ter dado paz a ninguém quando encontrou-se na situação de oposição?
Lula e o PT vão pedir desculpas pelas toneladas de fumaça de pneu queimado, o congestinamento do trânsito e a paralização de toda a vida de centenas de cidades, quando nem ambulâncias transportando doentes passava?
Alexandre Neres
23/11/2022 - 19h08
Paralização (sic)? É impressão minha ou o senhor está querendo fazer comparação entre protestos que eventualmente impediram o direito de ir e vir com os atos antidemocráticos, até criminosos, de quem não respeitou o resultado das urnas por tanto tempo?
Ronei
23/11/2022 - 15h48
O que estão esperando as forças armadas para enviar um cabo e um soldado no STF ?
Querem deixar os brasileiros pagar para ver mais uma vez ? Mais desgraça ?
Não dá pra entender…
carlos
23/11/2022 - 14h26
O Zé galinha, sem querer se entregou ou é um canalha, ou fascista extremista, fundamentalista.
carlos
23/11/2022 - 14h14
Esse bandidos estão tudo com premonição que vão morrer? Eu acho que não porque Deus castiga a quem deseja o mau aos outros, tudo que vcs desejam de ruim aos outros vêm de forma dobrada, à vcs.
carlos
23/11/2022 - 13h01
Fazendo uma alusão, com a palavra de Deus, que diz lá em 1 Samuel cap. 5 consta que Jesus jogou uma praga de hemorroida em caroços durante 6 meses, qdo.eu falo na palavra, estou falando do presidente que roubou ouro, o bolsonaro que foi batizado nas águas do Rio Jordão, após cometer crimes em série inclusive roubo de ouro que estava na arca da aliança.
carlos
23/11/2022 - 13h05
Em tempo qdo. Falo em biblia estou falando dos filisteus. Que roubará a arca não confundir arca de Noé.
Bandoleiro
23/11/2022 - 12h40
Lula via ver o dia 1 de janeiro o que é a convinvencia democratica com bandidos como ele….
Alexandre Neres
23/11/2022 - 12h54
Que frase lapidar! És um gênio. Parabéns!!!
Galinzé
23/11/2022 - 12h37
Lula e comparsas de assaltos deveriam ser enforacados em praça publica.
Alexandre Neres
23/11/2022 - 11h45
Um dos aspectos que mais me preocupa no Presidente Lula é o fato de ser um exímio conciliador. Tem o lado bom e o lado ruim desta característica.
Um país que não acerta as contas com o passado é um país sem futuro. É notória a diferença do que ocorreu no Uruguai, no Chile e na Argentina comparativamente com o que houve no Brasil. Crimes contra a humanidade, como a tortura, cometidos por agentes de estado são imprescritíveis. Querer punir os dois lados é de uma falta de conhecimento sem par, pois para tentar restabelecer a ordem democrática, devido ao endurecimento do regime, jovens tiveram que utilizar as poucas armas que dispunham à mão e mesmo assim foram massacrados. Querer tratamento igual para tamanha assimetria é prova manifesta da ignorância de quem defende tal posição.
A partir de 2014, começou a ser gestado um golpe jurídico-parlamentar, no bojo do qual Lula foi preso em um processo sem provas, que não lhe possibilitou o exercício das garantias fundamentais e das liberdades democráticas, com o establishment optando por proscrevê-lo do cenário político, exatamente para impedi-lo de concorrer às eleições de 2018, pois era pule de dez que ganharia. Lula não contou com o apoio de ninguém do mainstream, seja político, jornalístico ou jurídico.
Somente por contingências políticas e de fatos que vieram à luz a posteriori, pôde o poder judiciário corrigir a injustiça histórica do maior escândalo judiciário brasileiro de todos os tempos. Lula recuperou os direitos políticos muito em decorrência do obscurantismo que se tornou o Brasil a partir de 2019. Nesse ínterim, Lula recebeu o mesmo tratamento que é dispensado aos pobres, aos negros, aos desvalidos numa república de dois andares.
Pois bem, bastaram as chances de Lula ser eleito aumentarem sobremaneira, para o establishment começar a mexer os pauzinhos para tentar entabular mais um pacto por cima para proteger alguém oriundo das nossas elites do atraso, inda que uma figura decaída e de pouca luz, porém tem ligação próxima e estreita com o estamento militar. O primeiro a se manifestar nesse sentido foi o jornalista da William Waack da CNN, que, em entrevista com Lula, indagou se ele iria perdoar os crimes do zumbi do Alvorada para pacificar o país. Na mesma linha, foi aquele magistrado do STF, o totó.
A situação é delicada. Por óbvio, não cabe a Lula nem ao governo perseguir quem quer que seja. Mas as instituições de estado, como as polícias, o ministério público e o poder judiciário não podem abdicar de seu mister para apurar, denunciar e punir eventuais crimes praticados por governantes e militares, que ao que tudo indica não foram poucos.
Não podemos patrocinar mais uma anistia ao arrepio do estado democrático de direito. Quem desconhece o passado condena-se a repeti-lo!
Jurandy Silva
23/11/2022 - 16h04
Meu nobre, seu texto, escrito com mais voltas do que uma arte barroca, declara inocência ao Lula. Você realmente acredita que o Luis é inocente? E você acredita que o futuro do Brasil tendo o Luis como presidente será diferente do que está acontecendo com esses países latinos que você citou? Se o Luís é parceiro político dos líderes desses países, o que te garante que no Brasil seria diferente?
Alexandre Neres
23/11/2022 - 16h22
Meu plebeu, cheio de escaramuças, pouco importa o que eu pense ou deixe de pensar, o que importa é que o poder competente já declarou aos quatro ventos que de acordo com o ordenamento jurídico pátrio ele é, sim, inocente. Bem, cada um dos países que eu citei está numa situação bem diferente da dos outros, com governantes de espectros distintos, então a minha questão é de princípio e não tem nada a ver com sua pergunta imbecil. A condição sine qua non de um país seguir adiante é acertar as contas com o seu passado, mas isso não implica dizer que todo país que assim o fizer vai ser bem-sucedido em lidar com mazelas atávicas. Lula já esteve no governo e saiu com 87% de aprovação, logo ele sabe como é que se faz, os outros é que podem se inspirar nele. Por fim, o nome dele é Luiz e não Luis, ou, se preferir, de acordo com o New York Times, que concedeu uma deferência toda especial a ele, trata-se do Mr. Lula.