Por Acrísio Sena
Aliados do presidente Jair Bolsonaro, insatisfeitos com o resultado das eleições, montaram uma espécie de “QG do golpe” na residência onde funcionou o comitê de campanha do então candidato à reeleição.
O movimento é coordenado pelo ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, que concorreu a vice-presidente na chapa de Bolsonaro. Deputados, senadores, ex-ministros e até integrantes das Forças Armadas foram vistos entrando e saindo do local durante a semana.
O QG também teria recebido empresários do agronegócio envolvidos na organização de atos golpistas realizados em frente a quartéis do Exército, cuja pauta principal é um pedido por intervenção militar no Governo, algo expressamente proibido pela Constituição Federal de 1988.
Não podemos normalizar esse tipo de prática golpista. Para quem não sabe, segundo a Comissão da Verdade, durante a ditadura militar de 1964, 434 pessoas morreram ou desapareceram. Foram milhares de atos de tortura, censura, perseguições e exílios. Várias pesquisas já mostraram que a maioria do povo brasileiro tem vocação democrática e não aceita o autoritarismo.
A democracia tem a liberdade como princípio, mas não pode ser condescendente com comportamentos que ferem a Carta Magna. Nas redes sociais ou nas ruas, dos caminhoneiros aos ministros do TCU, todo discurso defendendo intervenção militar deve ser punido de forma exemplar.
O caminho mais eficiente é condenar essas articulações no seu nascedouro, evitando, assim, a expansão do fascismo. A experiência mundial e a eleição de Lula, mostram que o povo quer construir uma cultura de paz. Essa luta deve ser abraçada por todos!
Acrísio Sena
Líder do PT na Assembleia Legislativa do Ceará
Cleo
25/11/2022 - 19h50
Que eu saiba n morreu inocentes. Só os vagabundos que nem os mal intencionados querendo implantar em td america o comunismo. Fora Lula e extinção do PT.
Paulo
24/11/2022 - 22h25
“Não podemos normalizar esse tipo de prática golpista. Para quem não sabe, segundo a Comissão da Verdade, durante a ditadura militar de 1964, 434 pessoas morreram ou desapareceram. Foram milhares de atos de tortura, censura, perseguições e exílios. Várias pesquisas já mostraram que a maioria do povo brasileiro tem vocação democrática e não aceita o autoritarismo.”
Não vou regatear com números (inclusive pela dor dos amigos e familiares dos mortos e “desaparecidos” – também mortos, na verdade) , como diria Hannah Arendt, mas, certamente, muito mais pessoas teriam perecido sob um regime de esquerda, no Brasil, se eles tivessem tomado o poder…