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Conselho de Ética votará, amanhã, pareceres contra Zambelli, Kicis e Eduardo B. e mais 3 deputados

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados reúne-se nesta terça-feira (22) para votar processos disciplinares contra seis deputados

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Fachada do Congresso Nacional. Sérgio Lima/Poder360 14.04.2021

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados reúne-se nesta terça-feira (22) para votar processos disciplinares contra seis deputados: Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP), Éder Mauro (PL-PA), Kim Kataguiri (União-SP), Wilson Santiago (Republicanos-PB) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Bia Kicis foi acusada pelo Psol e pelo PT de insuflar motim da Polícia Militar da Bahia, ofender o Supremo Tribunal Federal, criticar a recomendação do uso de máscaras de proteção em publicações nas mídias sociais (Representações 5/22 e 6/22) e de divulgar dados pessoais de médicos que participaram de debate sobre a vacinação contra a Covid-19 no Ministério da Saúde (Representação 17/22).
“É uma postagem minha nas redes sociais como opinião”, afirmou a parlamentar, acusando a oposição de atacar sua liberdade de expressão. “Estamos vendo as nossas prerrogativas e nossa imunidade parlamentar sendo violadas”, protestou Bia Kicis.

O relator das representações 5/22 e 6/22 é o deputado Pinheirinho (PP-MG); já a Representação 17/22 é relatada pelo deputado Gilberto Abramo (Republicanos-MG).

Carla Zambelli foi acusada pelo PT de disseminar em suas mídias sociais informações falsas sobre a pandemia de Covid-19 (Representação 7/22) e de fazer postagem em redes sociais ofensiva ao senador paulista Humberto Costa (Representação 12/22).
A defesa de Carla Zambelli argumenta que “a publicação representaria o mero exercício da liberdade de expressão” da deputada.

O relator da primeira representação é o deputado Mauro Lopes(PP-MG); já a segunda é relatada pelo deputado Marcelo Nilo (Republicanos-BA).

Éder Mauro foi acusado pelo Psol e pelo PT de desrespeitar as deputadas Fernanda Melchionna (Psol-RS) e Maria do Rosário (PT-RS) em uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (Representação 9/22).
Éder Mauro negou ter ofendido as deputadas. “Sou chamado de matador e miliciano e não represento contra ninguém aqui neste Conselho de Ética”, comparou. “Se for feito o contrário, os deputados não vão mais trabalhar aqui nesta Casa, pois vão ficar respondendo mutuamente a ofensas em Plenário ou pelas redes sociais.”

O relator do processo contra Éder Mauro é o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS).

Kim Kataguiri foi acusado pelo PP e pelo PT de fazer apologia ao nazismo por concordar com fala de apresentador que defendia a legalidade de partido nazista no Brasil (representações 18/22 e 19/22).
“A única coisa que fiz foi dar uma entrevista, em que me coloquei favoravelmente ao livre debate de ideias, mesmo ideias das quais discordo com veemência”, argumentou Kataguiri em defesa entregue ao Conselho de Ética. “Não defendi a legalização de qualquer partido político extremista”, concluiu.

O relator dessas representações é o deputado Adolfo Viana (PSDB-BA).

Wilson Santiago é acusado pelo Novo por denúncias de crimes de organização criminosa e corrupção passiva investigados pela Procuradoria-Geral da República (Representação 1/22)
O relator desse processo é o deputado Alexandre Leite (União-SP).

Em defesa apresentada ao Conselho de Ética, o parlamentar diz que “as pretensas práticas delitivas não ocorreram no exercício do mandato, não detendo, sequer, relação com o exercício da função pública”.

Eduardo Bolsonaro é acusado por PSB, PT, PDT, Psol e PCdoB por quebra de decoro por publicação nas redes sociais que supostamente ofendia as mulheres integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (Representação 8/22);
O relator do processo é o deputado Igor Timo (Pode-MG).

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

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EdsonLuíz.

21/11/2022 - 23h27

Sim, Kim Kataguire é um grande deputado!
Surpreendentemente!

A idade bem juvenil, suas maneiras excessivas, seu início equvocado e em péssimas companhias, nada nada nada tira o brilho de Kim Kataguire e sua vocação para a interferência institucional.

Kim é desses atores políticos que eu lastimo não compartilhar com a minha visão de mundo, mas nossas diferenças não impedem de eu admirá-lo muito. E mais ainda com o talento (ainda muito selvagem) que carrega, apesar da muito pouca idade.

E, veja: seus eleitores financiam sua campanha ; Kim Kataguire renunciou ao financiamento público.

Eu não tenho uma opinião mais pronta sobre financiamento de campanha. Ocorre que tudo com dinheiro público manobrado na Câmara dos Deputados se tornou uma sujeira tão grande que usar alguma alternativa ao imoral Fundo Público acaba tendo méritos. E é bem corajoso da parte de Kim, ainda sem grandes lastros eleitorais e sem uma rede de apoio mais bem trabalhada, arriscar e acreditar que teria eleitores para financiar seu mandato.

Apenas pondero que no seu início, lá atrás, Kim esteve em episódios bastante questionáveis e mesmo hoje ele aplica uma radicalidade que eu não condeno, até gosto, mas essa radicalidade dele ainda vem acompanhada de alguns equívocos. E não pode!

Vou acompanhar na torcida um maior amadurecimento do deputado Kim Kataguire. O Brasil precisa renovar quadros políticos e melhorar a qualidade da interferência institucional em todo o espectro político, e Kim é uma boa promessa de renovação na direita.

Paulo

21/11/2022 - 22h12

O único que pode ser condenado, nesse tropel aí, é o Kim, por ser mais pró-ativo, e, reconhecidamente, um grande deputado federal – o que causa incômodos, naturalmente -, embora eu discorde dele com frequência, especialmente na pauta econômica. O resto é só fumaça…


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