Por Gilberto Maringoni
Há duas ações descoordenadas e tacitamente convergentes para construir um terceiro turno na eleição presidencial.
De um lado, há terroristas e golpistas dentro e fora dos quartéis e nas estradas, tentando criar um clima de pânico para emparedar o futuro governo, questionando sua legitimidade. De outro, há os bloqueios nos editoriais e espaços de opinião da grande mídia e nos generosos espaços franqueados aos apóstolos da alta finança.
Esses querem “dar a linha” na política econômica, mantendo a mesma trilha definida a partir de 2015: o desmonte do Estado e dos serviços públicos e a inviabilização do desenvolvimento em favor da especulação desenfreada. São ações tão poderosas quanto impopulares.
Lula tem resistido até aqui, juntamente com algumas figuras do judiciário. A resistência só será efetiva com sólido apoio popular para desmontar a patranha golpista-financista. Há uma grande vantagem democrática: o outro lado perdeu e está isolado internacionalmente.