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Gilberto Maringoni: Sobre teto de gastos e início de governo

Por Gilberto Maringoni Há um problema inicial para o novo governo: com a manutenção do teto de gastos, nenhuma promessa de campanha pode ser cumprida. A bomba orçamentária legada por bolsonaro estará pronta para explodir nos primeiros meses do ano que vem. Em 2020, o teto foi furado – segundo números oficiais – em cerca […]

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O presidente eleito, Luis Inácio Lula da Silva, acompanhado de seu vice, Geraldo Alckmin e de coordenadores da transição, fala com a imprensa após reunião com o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes. Imagem: Ricardo Stuckert

Por Gilberto Maringoni

Há um problema inicial para o novo governo: com a manutenção do teto de gastos, nenhuma promessa de campanha pode ser cumprida. A bomba orçamentária legada por bolsonaro estará pronta para explodir nos primeiros meses do ano que vem.

Em 2020, o teto foi furado – segundo números oficiais – em cerca de R$ 700 bilhões, e o país não parou. Ao contrário, o PIB, graças a isso, não desabou. Em 2022 os chutes chegam a falar num furo de R$ 400 bi, por obra e graça dos gastos eleitoreiros de Bolsonaro. Nem de longe o Brasil quebrou.

Num momento em que o teto surge como sério limitador dos investimentos, é preciso examinar a argumentação utilizada para romper com essa medida bizarra, que só existe no Brasil.

Em nenhum dos casos – 2020 e 2022 – o dilema colocado para a sociedade foi o de se furar ou não o teto, mas o de combater a pandemia, há dois anos, e fazer frente a uma hipotética crise humanitária, agora. Como tática política, o governo agiu de forma esperta. Não debateu o teto, mas os objetivos a serem alcançados.

O dilema para o novo governo não pode ser sobre o teto, mas sobre a reconstrução do país, depois da hecatombe bolsonariana nas áreas sociais e de infraestrutura, entre outras.

O debate – mais uma vez – tem de ser sobre o futuro (o país que quremos) e não sobre o passado (o teto). Se Lula fizer um pronunciamento nesse tom, poderemos avaliar qual a melhor tática a ser adotada, de acordo com a reação da sociedade.

Há duas opções na mesa: A. Uma emenda que, entre outras coisas, revogue a EC 95, ou B. Uma opção minimalista de uma PEC com licença para se gastar mais R$ 100 ou R$ 200 bilhões acima do teto (waiver), como última opção. O centrão faz uma série de exigências para aprovar a alternativa B.

Seria muito ruim entrar na briga diretamente na segunda opção (ou seja, na defensiva), sem ver se a correlação de forças permite a revogação do teto, mesmo que de forma parcial.

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AFINADOR DE REALEJO

13/11/2022 - 17h58

Senhor Walter, como sábia e objetiva sugeria a madre superiora no Convento das Carmelitas, ‘não se gasta vela com defunto que não presta’, no caso em questão, ‘defuntos’, a não ser que os desconheça.

E nesse caso, d’o Cafezinho, os apresento:

Se um é a maritaca do enrosco, o outro é a araponga enroscada, no ‘samba de um Lula só’, portanto, sugerir que estudem um pouco antes de postarem as ideias é mais que uma esperança ao vazio, é crença no milagre que um dia alcancem as diferenças básicas entre contas nacionais e contas domésticas, e, para facilitar a caminhada desejada, nada de livro para indicar o rumo, pois pedra será no caminho e ao invés de crer poder levá-los a emitirem alguma opinião fundamentada, a algum tempo, mais fácil seria, talvez, desperta-los a razão que, diferente do governo que pode emitir moeda, o doce lar nada emite, provocando assim, quem sabe, um tranco que atritasse tico com teco e …

Mas caso os conheça, apenas não esqueça da madre superiora…

Walter Pança

13/11/2022 - 15h13

Aos dois bolsominions inconformados acima, Kleiton e Edson, sugiro que eles estudem um pouco de Macroeconomia Básica 1 antes de postarem as ideias deles aqui neste espaço. Um aspecto preliminar a ser considerado em qualquer análise macroeconômica é que as Contas Nacionais são totalmente diferentes das contas das casas deles ou de qualquer outra casa. Para facilitar a aquisição de algum conhecimento sobre Macroeconomia, e assim poderem emitir alguma opinião fundamentada, eles poderiam, por exemplo, ler o último livro do André Lara Resende, tucano insuspeito e participante do mercado. O resto é chororô de bolsominion “patriota” que perdeu a eleição e que fica, inconscientemente, papagaiando o discurso do mercado financeiro, ou seja, repetindo a fala da dos senhores da casa grande (da qual eles não fazem parte). Não é, companheiros da senzala?

Fanta

13/11/2022 - 13h07

Conhecendo os brasileiros esse auxílio vai virar uma usina de falcatruas e de dinheiro jogado fora para enriquecer quem investe na dúvida pública.

Trabalho para quem quer e sabe fazer algo tem e o que não falta no Brasil são programas sociais.

Como se não bastasse o fundo partidário bilionário todo mundo terà que pagar o custo de promessas de dinheiro para se eleger.

Esse país é a apoteose do ridículo.

Kleiton

13/11/2022 - 12h58

A melhor forma para uma economia ir para frente é estar com as contas mais ou menos em dia, isso é o básico do básico não é nenhuma novidade.

Esse tal de Lula é um rato e nada mais, não tem discurso politico nenhum a respeito de nenhum assunto pois é um analfabeto de nível cultural baixíssimo por tanto a única coisa que pode fazer é explorar a pobreza e prometer dinheiro para os outros pagar juros astronômicos.

A esquerda brasileria é puro lixo.

EdsonLuíz.

13/11/2022 - 12h02

Ninguém pode fazer promessa de campanha para gastar um dinheiro que nós brasileiros não temos.

▪Ficar fazendo promessa que não tem dinheiro para pagar é coisa de demagogo e populista ;
▪Ganhar eleição por ter enganado o eleitor com promessas e insistir em gastar um dinheiro que prometeu e o Brasil não tem, é coisa de IRRESPONSÁVEL!

Teimar em ser irresponsável e gastar fora do orçamento aumenta a dívida e com o aumento da dívida os juros têm que subir e as consequêbcias serão, nessa ordem:

1°- Aleijar o povo, incluindo os que vivem de auxílio, que verá o pouco dinheiro que tem perder força para a inflação;
2°- Matar o povo, incluindo os que vivem de auxílio e os que passam fome, que verá o câmbio ser desvalorizado e a inflação disparar.

E junto com o aumento da inflação e do dólar virão o aumento do desemprego, o aumento da fome…

Nós vimos essa irresponsabilidade acontecer a partir, principalmente, do meio do 2° governo Lula e no período Dilma e deu no que deu. Agora, bolsonaro repetiu o Lula2 e a Dilma e as consequências da irresponsabilidade de bolsonaro começarão a aparecer ano que vem.

Lula e certos petistas, para fazerem graça e dizerem que defendem os mais pobres, querem “Dilmar”… ou “bolsonarar”… no orçamento, na âncora fiscal e na economia.

●Ou Lular, que foi Lula que começou, no seu 2° mandato, a cagar essas regras alopradas.

Vai dar merda!

Pior : a merda pode só começar a aparecer daqui a alguns anos, com aumento do desemprego e fome, e os lulistas fazerem a mesma coisa que andaram fazendo e colocarem a culpa do desemprego e do aumento da fome em outros, sem assumir a sua parte de culpa.

Lula quer repetir o que eles já fizeram e que prejudicou muito os mais pobres.

Isso não é gostar do povo; isto é demagogia e é se aproveitar do povo!

Temos que viabilizar os R$600,00. Mas sem irresponsabilidade e sem demagogia.

Edson Luiz Pianca.


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