Segundo a jornalista Daniela Lima, o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral foram informados de que o documento dos militares sobre o processo eleitoral trará “possibilidade, em tese, de uma falha matemática”, sem nada de concreto e com apontamento de sugestões para as próximas eleições.
Chega a ser engraçado ver os militares se envolvendo com matemática mais uma vez. Da ultima vez que se meteram com matemática para questionar as eleições, erraram o quantitativo de urnas e confundiram os conceitos de erro amostral e risco de amostragem.
Em maio desse ano, o TSE rejeitou todas as propostas das Forças Armadas para as eleições apontando erros de cálculo no documento enviado pelos militares para questionar a segurança das urnas. Na ocasião, a resposta do TSE dizia que “o documento de sugestões pressupõe, equivocadamente, a probabilidade de ocorrência de inconformidade igual a 50%. A população de urnas representativa da amostra não deve considerar o parque total de urnas, que engloba a reserva técnica, impondo-se que o cálculo parta do quantitativo de urnas efetivamente instaladas em seções de votação nas Eleições 2022”
Em outro ponto da resposta do TSE, o tribunal mostra que os militares erram e confundem conceitos básicos de estatística:
“O documento das Forças Armadas confunde os conceitos de erro amostral e risco de amostragem, ao supor que um nível de confiança de 95% deveria ter um erro amostral de 5%, e que um nível de confiança de 96% deveria ter um erro amostral de 4%. O TSE hoje trabalha com nível de confiança superior a 99%”.
Esses são os militares que podem tumultuar os noticiários amanhã. O país da piada pronta.