Em menos de uma semana da derrota de Jair Bolsonaro (PL), o Progressistas, principal partido da base aliada do atual governo, já se movimenta na busca de manter o status de governista na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a partir de 2023.
Horas depois do resultado que confirmou a vitória de Lula, o deputado federal e presidente nacional do partido, Cláudio Cajado (PP-BA), se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), e o líder do partido na Câmara, André Fufuca (PP-MA).
O dirigente do PP também teve uma conversa, em reservado, com o atual ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI). “O partido tem uma tendência natural de manter a governabilidade, independente da cor partidária do presidente”, disse um interlocutor pepista.
Internamente, Ciro Nogueira tem lembrado aos correligionários que ficará na Casa Civil até o dia 31 de dezembro, quando acaba o Governo Bolsonaro, e que por isso não poderá defender publicamente a adesão do partido ao governo Lula.
Ficará a carga de Cajado a tarefa de articular e coordenar a maioria do partido em direção ao novo governo. Não há dúvida que entre a cúpula do PP, Bolsonaro é passado!