Além de definir a equipe econômica do seu governo, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também vai reservar os próximos dias para mapear a composição da base aliada no Congresso Nacional.
Como foi eleito sem maioria nas duas Casas Legislativas – embora tenha liderado uma Frente Ampla – Lula compreende a necessidade de preparar sua base de apoio por bloco partidário, em vez das bancadas temáticas.
Com isso, o chamado bloco de centro-liberal, formado por MDB, PSD, PSDB e Cidadania, será chamado para compor o Governo Federal, a partir de 2023. Vale lembrar que o presidente Lula foi eleito já com uma aliança de outros 10 partidos.
A avaliação é que as bancadas dessas legendas serão suficientes para compor uma base social-liberal do governo Lula com perspectiva de 240 deputados, por exemplo, e sem a necessidade de adesão automática do Centrão tradicional, formado pelo bloco PP, PL e Republicanos.
“O presidente Lula vai assumir o governo com mais maturidade, mas ao mesmo tempo consciente de que a situação do país é muito diferente de quando ele pegou em 2003, tanto econômica quanto politicamente, por isso essa necessidade de ampliar a base política”, disse uma integrante da equipe de Lula.