O ex-presidente José Sarney (MDB) também decidiu aderir a candidatura do ex-presidente Lula. Na noite desta segunda-feira, 24, o emedebista divulgou uma carta aberta onde anuncia seu voto no petista.
Para Sarney, o Brasil passa por uma encruzilhada entre o fim da democracia e a restauração dela. Ele lembrou do perigo que o país enfrentará com um eventual segundo governo de Jair Bolsonaro (PL). Em um dos trechos, o ex-presidente destaca que a “diferença é clara”.
“No próximo domingo, o eleitor decidirá se vota pelo fim da democracia ou por sua restauração. Esse voto não é para quatro anos de governo: é um voto para o destino do Brasil”, destaca Sarney.
“O voto em Bolsonaro é voto contra as instituições, que terá como consequência anos de autocracia, um regime de força, construído na mentira sistemática e no abuso do poder”, prossegue.
“O voto em Lula — que já tem seu lugar na História do Brasil como quem levou o povo ao poder e como responsável por dois excelentes governos — é voto pela democracia, pela volta ao regime de alternância de poder, pela busca do Estado de Bem-Estar Social. A diferença é clara”, destaca.
Por fim, Sarney critica o chamado Orçamento Secreto, usado pelo Governo Bolsonaro para garantir base de sustentação no Congresso Nacional.
“O atual contrato ‘secreto’ entre o Executivo e o Legislativo, fixado em valores agigantados diante dos parcos recursos do Orçamento da República, é campo privilegiado para os interesses escusos. A minoria, esmagada de uma forma que não se via desde o princípio do Império — lembro que nos períodos de exceção não há maioria ou minoria —, tem como única defesa apelar para que o Judiciário faça o que não é sua função e interfira no funcionamento do Congresso Nacional”.