Neste domingo, 30, o jornal Folha de S.Paulo destacou em sua capa na versão impressa e digital, um editorial onde afirma que Jair Bolsonaro (PL) representa uma “ameaça autocrática”.
“Nunca na Nova República um presidente ameaçou a estabilidade constitucional como o atual mandatário”, diz o editorialista. Mas apesar dessa critica, o jornal não defende explicitamente o voto no ex-presidente Lula.
Pelo contrário, a Folha se limita a dizer que as instituições “estarão prontas, haja vista a inequívoca convicção democrática da população, para um novo período de bloqueio das investidas tirânicas caso a maioria do eleitorado brasileiro soberanamente decida pela reeleição”.
Na sequência, o jornal lembra que Bolsonaro “promoveu tratamentos ineficazes de uma doença letal, retardou a aquisição de vacinas, debochou de famílias enlutadas, protegeu os filhos de investigações e atiçou militares contra o poder civil”.
A Folha também diz que “a agenda que deveria ser a do futuro —educação, saúde, infraestrutura, inovação, redução da pobreza e das desigualdades— ocupou-se de temas que já deveriam estar superados. A sociedade e as instituições tiveram de gastar energia preciosa para proteger regras básicas da convivência democrática”.
“É melhor trabalhar com a hipótese corroborada pela experiência —tornar-se autocrata é o verdadeiro programa de governo de Jair Bolsonaro para um eventual segundo mandato”.