Nesta terça-feira, alunos do Instituto Federal de Pirituba, na cidade de São Paulo, denunciaram pichações com símbolos atribuídos a movimentos neonazistas nos muros da instituição.
Segundo relatos, murais e qualquer tipo de imagem ou mensagens que façam a defesa de mulheres, negros e LGBTQIA+ estão sendo cobertas a cruz celta, um símbolo usado por suprematistas brancos e neonazistas ao redor do mundo. O símbolo ganhou popularidade entre nazifascistas europeus após a 2ª Guerra Mundial. Muitas vezes, nas bandeiras e faixas, é utilizada para substituir a letra O.
Não é a primeira vez que o instituto é alvo de grupos neonazistas. Em agosto, as atividades no campus Pirituba do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) precisaram ser suspensas por dois dias seguidos depois que alunas receberam ameaças anônimas por e-mail.
Na ocasião a polícia foi acionada. Ainda no fim de semana seguinte ao ocorrido, os diretores da unidade se reuniram e decidiram suspender as atividades enquanto o caso é investigado. As estudantes que receberam as ameaças estavam envolvidas na organização de uma manifestação contra casos de assédio no campus. Mais de 20 casos foram registrados.