Durante entrevista a Rádio Tupi do Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro (PL) atacou novamente as urnas eletrônicas. Ele lembrou que a análise sobre se ocorreu fraude no primeiro turno das eleições está sendo feita pelas Forças Armadas e negou interferência nesse trabalho.
“No momento, como as Forças Armadas foram convidadas a integrar uma comissão de transparência eleitoral, esse trabalho está sendo feito pelas Forças Armadas, eu não dou palpite. As Forças Armadas têm uma equipe enorme no Comando de Defesa Cibernética que trabalha nessa questão”, declarou.
A tal “análise” sobre a lisura do primeiro turno foi anunciada pelos militares, mas já se passaram duas semanas do pleito e o relatório com o resultado ainda não foi apresentado publicamente. Nos últimos dias, Bolsonaro foi questionado sobre o assunto mas recusou-se a responder.
Ainda na entrevista, o inquilino do Planalto disse que a urna eletrônica é algo ultrapassado e atacou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Todos são unânimes em dizer que não existe sistema impenetrável, sistema inviolável”, disse. “O TSE está com uma urna bastante ultrapassada, antiga, geração do final dos anos 1990”, completou.
Vale lembrar que, por diversas vezes, o próprio TSE já esclareceu que o sistema é auditável, por meio dos boletins de urna impressos por cada um dos equipamentos no final da votação, e que a urna eletrônica não é conectada a rede.