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Gilberto Maringoni: Como a austeridade abre caminho para o fascismo

Por Gilberto Maringoni Excelente o vídeo da economista Clara Mattei, professora da New School of Economic Research, de Nova York. Ela explica como as políticas de austeridade – uma invenção do primeiro pós-Guerra – pavimentam o caminho para o fascismo ao se tornarem não uma meta organizativa para o setor público, mas uma maneira de […]

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O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante cerimônia alusiva à marca de 100 milhões de poupanças sociais digitais Caixa. Imagem: Agência Brasil

Por Gilberto Maringoni

Excelente o vídeo da economista Clara Mattei, professora da New School of Economic Research, de Nova York. Ela explica como as políticas de austeridade – uma invenção do primeiro pós-Guerra – pavimentam o caminho para o fascismo ao se tornarem não uma meta organizativa para o setor público, mas uma maneira de gerir a economia capitalista.

“Tudo se passa como se o trabalho deixasse de ser a fonte do valor, despolitiza-se a luta de classes e propaga-se a ideia de que a sociedade é formada por indivíduos autônomos que viveriam em harmonia”, diz ela.

A austeridade para crescer, alardeada pelo governo brasileiro em 2015, serviu basicamente para disciplinar a força de trabalho – pelo medo do desemprego – e impor uma selvagem exploração, com redução de salários, empregos, investimentos e serviços públicos. O mesmo vale para as dinâmicas de cortes orçamentários de Mario Draghi, na Itália.

Pauta-se assim o terror e a fragmentação em uma sociedade sem esperança e que se torna presa fácil de demagogos salvacionistas a propagar misticismos e supostos valores tradicionais como tábua de salvação diante das incertezas de futuro. São 16 minutos em linguagem clara e didática. Recomendo muito.

(Via Pedro Paulo Zahluth Bastos)

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Comentários

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Henrique

28/10/2022 - 07h56

A impressão e criação de dinheiro do nada sem nenhuma correlação com os produtos e serviços é o que causa as distorções do mercado com inflações exorbitantes e consequente perda do poder de compra da população, principalmente os mais pobres. Só os mais ricos conseguem acesso ao dinheiro impresso com juros muito baixos podendo assim dominar os meios de produção.. Parem de imprimir dinheiro, parem de atrapalhar o setor produtivo e as coisas vão se resolver…

Luiz CláudioFonseca

17/10/2022 - 11h17

Austeridade pode ser entendida como o lançamento de um estigma econômico sobre a sociedade. A desvalorização do trabalho inicia junto com a sua precarização, com uma coisa dando causa à outra, sobretudo, como qualquer um sabe, quando falta inteligência.

carlos

16/10/2022 - 12h22

Michele e bolsonaro Estão colhendo o que plantaram é assim a lei da semeadura, isso serve de lição prá qualquer um que tenha plantado o mau ao invés semear o bem, exemplo quem planta o ódio colhe tempestade


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