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Arcebispo de Aparecida fala que é preciso vencer o ódio nestas eleições

Nesta quarta-feira, 12, o Arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes, abriu celebração em homenagem ao Dia de Nossa Senhora Aparecida, no Santuário Nacional, com críticas ao ódio na política. Na missa de hoje, Brandes falou sobre o direito ao voto e que nestas eleições é preciso “vencer dragões do ódio e da mentira”. “Maria venceu o dragão, temos muitos […]

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Imagem: Reprodução

Nesta quarta-feira, 12, o Arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes, abriu celebração em homenagem ao Dia de Nossa Senhora Aparecida, no Santuário Nacional, com críticas ao ódio na política.

Na missa de hoje, Brandes falou sobre o direito ao voto e que nestas eleições é preciso “vencer dragões do ódio e da mentira”. “Maria venceu o dragão, temos muitos dragões que ela vai vencer. O dragão que o tentador, o dragão que já foi vencido, a pandemia”, disse o Arcebispo.

“Mas temos o dragão do ódio, que faz tanto mal, e o dragão da mentira e a mentira não é de Deus, é do maligno. E o dragão do desemprego, da fome, da incredulidade. Ah, com Maria, vamos vencer o mal e dar prioridade ao bem, à verdade e à Justiça porque o povo merece e ama Nossa Senhora Aparecida”, continuou.

Brandes também citou a passagem bíblica onde Maria e José teriam se alistado no recenseamento do Império Romano para incentivar o voto. 

“Inscrever-se no Império, dar cidadania a Jesus. A sagrada família vivendo a cidadania, que nós vamos vivendo também votando, que é necessário exercer esse direito e poder do povo”, pontuou, dizendo ainda que “está faltando pão, faltando fraternidade”. “Esse é o vinho que precisamos nos dias de hoje”.

https://twitter.com/lucasrohan/status/1580209046971613184?t=4mL_4p2-k3OCqJgKMHn8hA&s=19
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Alexandre Neres

13/10/2022 - 00h05

O discurso de Dom Orlando foi perfeito, lembrando que anteriormente já condenara a pátria armada.

Além da crítica direta ao dragão do ódio e da mentira, sem sequer precisar nominar o demo, abordou pontos importantes.

Um deles foi quando abordou a identidade religiosa. Ou se é católico ou se é evangélico.

Em um momento em que prosélitos vão a Aparecida promover arruaças e hostilidades, em total desrespeito aos católicos, instrumentalizando a fé para assim tentar conquistar votos. Igreja não é palanque. A CNBB emitiu nota sobre o tema:

“Lamentamos, neste momento de campanha eleitoral, a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno. Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições”, diz a entidade, sem citar candidatos.

Bolsonaristas continuam, metaforicamente, a chutar a Santa, tal qual o pastor bolsonarista Sergio Von Helder efetivamente o fez em 1995, o mesmo que hoje ataca Lula e o STF.

Um aspecto do discurso de Dom Orlando de suma importância que passou despercebido é o seguinte: “Nós vamos ter que acolher aquele que for eleito com o voto e o poder do povo. Vamos votar. É a democracia que ainda existe.”

Não podemos fazer ouvidos moucos no tocante às ameaças ao STF e à democracia, que ainda existe. Tanto a centro-esquerda quanto a centro-direita estão sendo alijadas nesse projeto que a extrema-direita está forjando. Na teocracia que já está em curso não haverá espaço para católicos.

Paulo

12/10/2022 - 20h16

“Brandes também citou a passagem bíblica onde Maria e José teriam se alistado no recenseamento do Império Romano para incentivar o voto.”

Meu Deus! Que vergonha um prelado da hierarquia de Dom Orlando falar em voto na Israel bíblica, sob domínio romano…A Teologia da Libertação provocou verdadeira fritura de cérebros, dentro de parte da Igreja…Tudo para enaltecer uma doutrina nefasta e mundana…Eu gostaria de ver essa cúpula atual, que inclui o Papa Francisco, falar mais de espiritualidade e menos de política…


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