Por Elias Jabbour
Passados dez anos do 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh) que levou Xi Jinping ao núcleo da direção do Partido faz-se necessário um balanço, mesmo que rápido, do que significou esse período para a história do povo chinês, seus impactos externos e as esperanças abertas ao mundo com o fortalecimento demonstrado por um grande país socialista diante de um mundo instável, onde crises econômicas, ecológicas e uma grande pandemia colocou em teste a capacidade do mundo em resistir.
Foi um decênio em que a China inaugurou novas sínteses que guardavam profundo significado: “ecocivilização”, “povo como centro”, “ prosperidade comum”, “comunidade de futuro compartilhado para a humanidade”, além de grandes e novo aportes teóricos que elevaram o Marxismo a um novo patamar na China e no mundo.
A governança chinesa, neste sentido, consolidou uma forma avançada de gerenciamento social e político que se coloca à frente do capitalismo em diversos aspectos. O principal deles esteve expresso durante a pandemia. Enquanto o ocidente foi devastado pelo vírus com, por exemplo, um milhão de mortos nos Estados Unidos, a China não somente teve um sucesso estrondoso no enfrentamento ao vírus mortal.
O país tem conseguido mostrar ao mundo pelo menos duas faces de sua governança durante este duro processo. A primeira, ao colocar “o povo como centro” o Partido Comunista da China colocou a vida humana na frente da economia. No ocidente, foi o oposto. O individualismo e a irresponsabilidade de governos foram responsáveis por um verdadeiro genocídio em certos países ocidentais.
O ocidente escolheu o lucro em detrimento da vida humana. Os Estados Unidos tentaram a todo momento não somente montar um grande esquema para piratear insumos médicos e hospitalares quanto alimentar uma sinofobia de grandes proporções no país.
A segunda, os chineses construíram a engenharia social mais avançada do mundo. Essa engenharia social foi capaz de se utilizar de grandes avanços tecnológicos, como a plataforma 5G, a inteligência artificial e o Big Data, para construir um grande aparato institucional que salvou milhões de vidas no país.
A construção de uma grande base econômica aliada ao surgimento de formas superiores de planificação econômica foi fundamental para que o país em menos de 72 horas demonstrasse capacidade de reação a novos surtos de Covid-19 no país, mas também o fato impressionante de construir hospitais com mil leitos em apenas dez dias. Nenhum país capitalista do mundo foi capaz de demonstrar tal capacidade de plena resposta ao vírus como a China o fez.
Durante este período, o conceito lançado por Xi Jinping em Davos no ano de 2017 da construção de uma “comunidade de futuro compartilhado para a humanidade” mostrou toda sua força. Dois exemplos são fundamentais. O primeiro, durante a pandemia a China foi o primeiro país no mundo a declarar que a vacina se tornaria um bem público mundial e, após sua descoberta, o país se transformou no maior doador de imunizantes no mundo.
Enquanto isso os Estados Unidos e sua política de morte buscou impedir que países como Venezuela e Irã tivessem acesso à vacina. O segundo fato é que o lançamento em 2013 da Iniciativa do Cinturão e Rota marca uma política de ação externa chinesa que não somente se mostra diferente da “globalização das guerras e das crises financeiras” organizada pelo chamado ocidente.
Pela primeira vez em 30 anos o mundo tem diante de si a possibilidade de escolher entre o tipo de globalização que os Estados Unidos levaram a países como Iraque e Afeganistão ou a globalização oferecida pela China marcada por “exportar desenvolvimento econômico” e novas possibilidades aos povos mais vulneráveis do mundo.
Internamente a China organizou um estilo de governo baseado em colocar a vida das pessoas à frente do lucro. Externamente, a China promove um “mundo de futuro compartilhado” capaz de mostrar ao mundo que não existe um único modelo de sociedade, a capitalista. São amplas as possibilidades abertas pela China nos últimos dez anos para o futuro da espécie humana.
Elias Jabbour é professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FCE-UERJ).
Um chinês
12/10/2022 - 15h55
Falam tanto em democracia e justiça mas nada funciona e nos ajudam!
Nunca temos democracia e justiça para nós! Nessa pandemia, apenas veio a comprovação, o reflexo da propaganda americana perpetuada no ocidente ridicularizando orientais, principalmente do sudeste!
Mesmo nascidos e crescidos no ocidente, nos mandam embora, sofremos ataques cotidianos mas os canalhas, falam que são apenas brincadeiras quando confrontados!
“Olha, made in China”
“xing Ling”
“chinês Paraguai”
“porco”
quando confrontamos é retrucamos, inventam mentiras contra nós, inventam falsas declarações (ele me chamou de negro, macaco) quando na verdade nem falamos nada, sei que tem muitos orientais racistas mas quando o caso de um oriental pratica, generaliza todos (tinha que ser chineses, japoneses, São tudo filhos da ****)
Sei como é, cresci nesse Brasil, eu sei o que um oriental puro passa, ninguém fazem nada. Até na delegacia fazem piadas, agora sabem porque os orientais (principalmente chineses) não vão na delegacia!
Sofri ataques de brancos, negros, pardos (principalmente, quando são pegos pela polícia, invocam o racismo, hipocrisia a parte), também de orientais japoneses mestiços. Não pude fazer nada, nem ajudar a minha esposa, as pessoas só faltou apontar a arma na nossas cabeças (humilhação total)
“Só o ocidente acusar, o oriente estará errado.”
O ocidente tomou a China, saqueou, estuprou, escravizou e nos mataram nos deixaram sem nada, morremos de fome, riram por apenas saciar a fome por não ter nada a comer, nos ridicularizaram, quando enriqueceram as pelas custas alheias! Esses países Europeus que tomaram o rindo, ditos democracias, fizeram um grande estrago pelo mundo e querem ditar as regras!
A mesma arma: deixem os chineses fazerem o mesmo que fizeram lá, falo isso, porque é DEMOCRACIA!
Paulo
12/10/2022 - 20h29
Solidarizo-me com seu lamento pelo tratamento discriminatório sofrido. Mas a vocês resta a cabeça erguida de grandes trabalhadores que são, e que ajudaram e ajudam em muito o crescimento do país, sem precisar de cotas raciais, apesar de terem chegado – como a maioria dos imigrantes – com a roupa do corpo e bem depois dos “cotistas”. Confirmo o comportamento ambíguo de muitos negros e “pardos”, que são verdadeiros oportunistas em busca de um caminho fácil, de uma entrada na faculdade, na política ou nas empresas pela “porta dos fundos”, enquanto vocês trabalham duro, apesar da discriminação sofrida.
Agora, não entendi bem seu posicionamento político, se crítico ou favorável ao Regime chinês atual…
JOSÉ LBERTO KOZERSKI
12/10/2022 - 11h16
Parabéns professor pelo excelente texto sobre a China. Por mais que reacionários não concordem a China é modelo de sucesso Se é comunista e algumas pessoas ainda estão com a derrota do exército branco na Revolução Russa não é problema de análise mas, sim de dor de cotovelo, que deveria ter sido superado por qualquer ser humano racional.
Luiz
12/10/2022 - 10h42
Não leiam. Simples.
Paulo
11/10/2022 - 23h03
Incrível como a ideologia obscurece a mente…Não que os EUA sejam modelo perpétuo e irrefutável de sociedade (ninguém é)… Mas permanecem anos-luz à frente de China, Rússia e cia…Duvida? pergunte aos cidadãos de Hong-Kong e Taiwan…
Kleiton
11/10/2022 - 19h57
Pura apologia a ditadura, vomitevol ler essa merda imunda no ano de 2022 mas em um lugar caverniculo como o Brasil não como pretender mais do que isso.
A tragédia é que esse animal é um professor de faculdade como há milhares Brásil afora.
Osensato
11/10/2022 - 16h08
A China realmente coloca seu povo no centro, no centro de concentração, no centro de monitoramento e, por fim, no centro da maior bolha imobiliária da década!