Esqueça os números principais da Quaest divulgados hoje, de 48% X 41% para Lula e Bolsonaro no segundo turno.
O placar mais provável para o segundo turno, segundo a mesma Quaest, é 50% para Lula e 45% para Bolsonaro, em votos totais.
Esse é percentual que ambos teriam, descontada a provável abstenção no segundo turno, que tende a ser igual a do primeiro, mas afetar diferentemente cada um dos candidatos.
Nas palavras do próprio presidente da Quaest, Felipe Nunes, em fio no Twitter: “Se assumirmos que quem não votou no 1º turno, não vai votar no 2º, Lula ficaria com 50% e Bolsonaro 45%”.
Este é o gráfico, portanto, mais importante da Quaest divulgada hoje.
O gráfico abaixo, por sua vez, com os votos do entrevistado no primeiro turno, estratificado por renda, explica a “quebra” entre os percentuais mostrados nas pesquisas anteriores à votação, e o resultado final.
Entre eleitores com renda familiar até 2 salários, a abstenção e os nulos somaram 30%, percentual que cai para 25% entre eleitores com renda de 2 a 5 salários, e 16% para aqueles com renda acima de 5 salários.
Como Lula tem mais votos no primeiro grupo, de eleitores de menor renda, a abstenção prejudicou muito mais a ele do que a seu adversário.
A íntegra do relatório da Quaest pode ser baixada aqui.