Não tem como negar que enfrentamos a campanha mais longa dos últimos tempos, uma eleição que durou anos.
Uma disputa muito marcada pelo confronto a todo momento, capitaneado pelo presidente da República que acumula brigas e mais brigas, desde aliados próximos até os desafetos políticos corriqueiros, passando por todas as instituições de Estado.
Um símbolo desse cenário foi observado no debate da Globo dessa quinta, um evento de peso histórico que produziu um encontro amargo dos telespectadores com um ambiente cansativo, antipático e carregado. Uma verdadeira síntese desse momento que vivemos.
Num cenário de brigas intermináveis é sempre necessário que alguém consiga manter a tranquilidade para poder interromper q espiral de agressões, “colocar a bola no chão” como diz o dito popular.
O papel de Lula nessa campanha foi claramente esse, o da temperança, não à toa o presidente chega a primavera com a maior frente ampla montada nos últimos tempos.
No debate, por exemplo, a falha do petista foi justamente ter perdido um pouco a paciência com o candidato laranja do governo. Todos esperam de Lula a tranquilidade, essa é uma marca dele que faz muita gente confiar na política que ele faz.
De qualquer maneira, pelo saldo da noite e da disputa como um todo, Lula continua favorito a liquidar a fatura no primeiro turno justamente pois conseguiu com os demais candidatos, mesmo mais reticentes como Ciro e D’Ávila, debater propostas em melhor nível, mostrando que anda sempre disposto ao bom diálogo.
Aos 76 anos de idade memorizando números e mais números, mostrando leveza num ambiente pesado e conversando olhando no olho até quase duas da manhã no fim de uma campanha super sobrecarregada pelo ódio mostra a resiliência de quem de fato pode reorganizar o Brasil.
Lula representa paciência para vencer a ira, aliviar a população brasileira para que possamos de fato voltar a cuidar do Brasil.
Falta pouco para o suspiro de esperança em meio a tanto desgaste. Falta pouco para votar 13!