Aparentemente os debates estaduais foram uma lástima. Fracos, com os candidatos evitando qualquer postura mais incisiva com medo de afastarem os eleitores. É uma prévia do efeito que terá o debate presidencial, praticamente nenhum. Dificilmente moverá a disputa de forma tectônica.
Mesmo assim, duas coisas chamaram a atenção de quem assistiu os debates de São Paulo e Rio de Janeiro: as posturas dos candidatos ao executivos estaduais pelo PDT, Rodrigo Neves (RJ) e Elvis Cesar (SP).
Rodrigo Neves estava claramente tentando se descolar da postura beligerante de Ciro Gomes, sua postura no debate na Globo foi completamente diferente de sabatina e debates anteriores onde Rodrigo atacava de forma incisiva Marcelo Freixo (PSB), que também está concorrendo ao governo do Rio.
Dessa vez se preocupou em atacar o candidato bolsonarista, Claudio Castro e em em um dos poucos ataques contra Freixo, acusou o candidato do PSB de ter abandonado o Lula por causa no auge da Lava-Jato. Isso importa para o eleitor? Não. Mas ficou claro o interesse ser o candidato lulista no lugar do Freixo nessa reta final.
Já em São Paulo, é evidente que o Elvis César “calibrou” o discurso para também se afastar da virulência do Ciro Gomes. Antes ele avançava no Fernando Haddad e no PT, agora centrou fogo no Tarcísio e até fez algumas dobradinhas com Haddad
Elvis, assim como Rodrigo, quer ter uma carreira. Ele viu o que a hidrofobia fez com o Ciro.