O senador e relator-geral do Orçamento de 2023, Marcelo Castro (MDB-PI), criticou a nova promessa feita por Jair Bolsonaro (PL) de aumentar o Auxílio Brasil para R$800. Segundo o emedebista, a promessa de Bolsonaro não passa de “palavras ao vento”.
“Vejo como palavras ao vento a nova promessa do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, de aumentar para 800 reais o Auxílio Brasil, a partir do próximo ano”, afirma o congressista.
A avaliação de Castro é que o presidente usa o benefício para se promover eleitoralmente, em busca da reeleição. Além disso, o senador lembrou que o próprio Bolsonaro havia prometido a continuação do valor de R$600 para o próximo ano. Porém, a LDO enviada pelo governo ao Congresso prevê a manutenção dos R$400.
“Ele já havia prometido manter os 600 reais do benefício, como candidato. Mas quando enviou a proposta orçamentária ao Congresso, como presidente da república, no final de agosto, o valor foi mantido em 400 reais”, recorda.
“Agora, ele vai além. Promete 800 reais e não diz de onde vai tirar os recursos para esse acréscimo”, criticou Castro.
“Se ele fosse só um candidato, poderia ficar na promessa. Mas ele é o presidente, as palavras dele exigem uma ação. Ele já pode enviar ao Congresso o projeto para o auxílio de 800 reais, a partir de janeiro, ou mesmo, a partir de agora. Esperar porquê? Quem tem fome, tem pressa”, finaliza.
Vale lembrar que a promessa foi veiculada nesta quinta-feira, 8, durante a propaganda eleitoral de Bolsonaro no Rádio e na TV. “Os mais de 20 milhões de brasileiros que recebem o Auxílio Brasil de no mínimo 600 reais, agora receberão mais 200 reais se começarem a trabalhar. Vai ser 800 reais mais o salário do trabalho”, disse o locutor do PL.