O DataFolha também divulgou o levantamento da intenção de voto para o governo do Rio de Janeiro. Nela, o governador Cláudio Castro (PL), que tenta reeleição, apresentou crescimento de cinco pontos, saindo de 26% para 31% das intenções de voto.
Já o deputado federal do PSB, Marcelo Freixo, oscilou três pontos, dentro da margem de erro, indo de 23% para 26%. Sendo assim, os dois estão tecnicamente empatados.
O ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT) saiu de 5% para 7% das menções, também oscilando dentro da margem. O ex-governador Wilson Witzel (PMB) oscilou pra baixo, de 4% para 3%. Os outros ficaram abaixo de 2%. Branco/Nulo 14% e Indecisos, 19%.
Na espontânea, Castro também subiu cinco pontos, fora da margem, de 12% para 17% das intenções de voto na disputa pelo Palácio Guanabara. Freixo também cresceu fora da margem, quatro pontos, de 11% para 15%. Neste cenário, Branco/Nulo 9% e Indecisos, 50%.
Mas apesar desse empate no 1° turno, o governador Castro venceria Freixo na disputa final. Segundo o DataFolha, o titular do governo seria reeleito no 2° turno com 44% dos votos totais. Freixo ficaria com 37%. Branco/Nulo 13% e Indecisos, 7%.
O DataFolha ouviu 1.202 eleitores entre os dias 30 de agosto e 1 de setembro em 34 municípios do estado do Rio de Janeiro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais e o nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número RJ-06061/2022.
Análise
A pesquisa DataFolha reforça a tendência de uma disputa altamente polarizada entre as duas primeiras candidaturas ao governo estadual. No que diz respeito ao apoio presidencial, a candidatura de Freixo tem usado com mais ênfase a imagem de Lula na campanha, numa tentativa de nacionalizar o pleito local.
Já o governador Cláudio Castro, apesar de ser do mesmo partido do presidente Bolsonaro, quase não tem inserido a imagem do padrinho político nas peças de campanha, na tentativa de regionalizar a eleição. Além disso, seu governo passa por um momento turbulento com o escândalo da Ceperj.
Mas apesar disso, o DataFolha aponta que a gestão Castro aumentou em seis pontos a avaliação positiva, de 25% para 31% dos eleitores fluminenses que consideram o governo ótimo/bom. O regular oscilou de 41% para 39% e o ruim/péssimo saiu de 23% para 22%. Ou seja, o escândalo da Ceperj parece não ter prejudicado a campanha do governador, pelo contrário.
Para Freixo, talvez o maior desafio da sua campanha seja diminuir sua rejeição perante os eleitores do Rio. A pesquisa revela que o socialista só perde em rejeição para o ex-governador Wilson Witzel (PMB), que sofreu impeachment acusado de chefiar um esquema de corrupção. Enquanto Witzel tem 52% de rejeição, Freixo tem 25%. Já Castro é o terceiro mais rejeitado com 18%.
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