“A decisão do Cade de aprovar a venda da Reman e seus ativos logísticos é gravíssima para a região Norte, pois incentiva a criação de mais um monopólio regional privado no setor do refino brasileiro, com consequências desastrosas para o consumidor local. Tanto que, além da FUP e do Sindipetro Amazonas, empresas de energia, como Raízen, Ipiranga, Equador, também se colocaram contra a privatização e a consequente geração de monopólio pelo grupo Atem no Estado.”
A afirmação é do coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, sobre a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, nesta terça-feira, 30, da venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), da Petrobrás, no Amazonas.
Bacelar destaca que Sindipetro-AM e FUP entraram com ação civil pública, que tramita no Tribunal Regional Federal, no Rio de Janeiro, contra a venda da refinaria do Amazonas e contra o monopólio do setor na região.
“Esta ação ainda não foi julgada. A expectativa é que o Judiciário corrija esse grave erro do Cade”, destacou o dirigente da FUP, prevendo uma maior judicialização em torno da privatização da Reman.
Em meio à questão, está a logística da região atendida pela refinaria, que abrange Pará, Amapá, Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima. Como a Petrobrás está vendendo todos os ativos de infraestrutura associados à Reman, o comprador, Grupo Atem, terá amplo poder sobre o mercado.
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