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Por ordem de Moraes, empresários bolsonaristas são alvos de operação da PF

Na manhã desta terça-feira, 23, o ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou que a Polícia Federal cumpra ordens de busca e apreensão em endereços de empresários bolsonaristas, que defenderam um golpe de estado caso o ex-presidente Lula seja eleito. Ao todo, são oito empresários que se tornaram alvos de mandados […]

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Imagem: Divulgação

Na manhã desta terça-feira, 23, o ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou que a Polícia Federal cumpra ordens de busca e apreensão em endereços de empresários bolsonaristas, que defenderam um golpe de estado caso o ex-presidente Lula seja eleito.

Ao todo, são oito empresários que se tornaram alvos de mandados em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.

Os empresários são: Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, dono rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, proprietário da Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Serra, Meyer Nirgri, da Tecnisa, Marco Aurélio Raimundo, da Mormai, e o cearense Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu. Vale lembrar que todos eles são apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).

O caso envolvendo esses empresários veio a tona após a reportagem do Metrópoles ter revelado as mensagens golpistas num grupo de WhatsApp intitulado “Empresários & Política”.

Após a publicação da reportagem, advogados e entidades da sociedade civil se mobilizaram para que o STF investigue o caso.

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Alexandre Neres

23/08/2022 - 12h30

Em 2018, enquanto ainda era presidente do TSE, Fux disse que seria ímplacável com as fake news. Depois deu no que deu e o resultado é conhecido por todos.

Stuart Mill, um liberal verdadeiro, acreditava em sua época, século XIX, em uma liberdade de expressão absoluta, que no mercado das informações e das opiniões todos não só poderiam como deveriam se manifestar, para que daí fossem decantadas as melhores e assim fosse formada a opinião pública. Em tempos de Cambridge Analítica, Breitbart News, Steve Bannon e quejandos, nada mais inadequado do que deixar o fluxo desse mercado circular livremente.

O STF foi atacado de forma incessante anos a fio. A PGR se recusou solenemente a investigar esses ataques permeados de fake news dos quais o Supremo fora vítima, crimes estes que podem estar associados ao núcleo presidencial. Os bolsonaristas dispararam ataques à honra e ameaças à segurança dos ministros, enquanto o engavetador-geral, a quem caberia a denúncia, quedou inerte. Mesmo os presidentes do STF Toffoli e Fux foram bastante tíbios e subservientes nessa condição, talvez pela deficiência de formação de ambos. Dessa forma, o STF ficou desprotegido, restando um vácuo no sistema.

Diante disso, ao ser atacado e não ser defendido por quem teria o dever de fazê-lo, o que o STF poderia ter feito? Contempt of court., que é princípio inspirado no direito estadunidense quando há um vazio no sistema judicial, fazendo com que se desloque para o STF a competência para que ele próprio tenha a possibilidade de se defender.

Depois de inúmeros ataques perpetrados, o ministro Alexandre de Moraes foi incumbido desse mister e desempenhou a contento a missão de defender as instituições que ora estavam colocadas em xeque, sendo muitas vezes duro e em poucas situações ultrapassou o limite do razoável. Devido à omissão e à inércia do MPF, não restou alternativa senão adotar o contempt of court.

Demorou muito para que as autoridades e mesmo setores importantes se manifestassem de maneira firme pelo estado democrático de direito, como vimos recentemente na divulgação de cartas e na posse de Alexandre de Moraes no TSE.

Causou estranheza que num momento desses, em que a tchutchuca do Centrão atacou sistematicamente a democracia e as urnas eletrônicas, com ameaças nada veladas de golpe, levando o ministro Xandão a adotar uma postura firme na defesa das instituições e da democracia, Ciro Gomes e alguns conservadores tiveram a pachorra de dizer que ele estava três tons acima e que foi indelicado com o presidente da República, invertendo completamente as premissas, desvelando a qual papel se prestam nessas eleições sem deixar margem a dúvidas. Depois de ter sido xingado de canalha e ameaçado por uma turba feroz, em um momento capital Ciro e seus asseclas se posicionaram a favor de Bolsonaro e contra Alexandre de Moraes, que estava apenas desempenhando com altivez o papel de defesa das instituições, as quais estavam sendo bombardeadas a torto e à direita, inclusive sob a iminência de um golpe de estado com o apoio das Forças Armadas e das corporações militares estaduais.

Será que esses homens decentes também irão questionar as medidas tomadas por Alexandre de Moraes em relação a esses empresários que sem nenhum pudor mostram seus propósitos golpistas, como bem demonstrou o jornalista Guilherme Amado?

Dutra

23/08/2022 - 10h56

Coloca esses fascistas no xilindró!

Jhonatan

23/08/2022 - 10h23

É pura intimidação do xerife nazistoide e nada mais.

Aprenderam o que na casa de Sérgio Reis por ameaçar a democracia ? A pinga e o berrante ?


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