Por Gilberto Maringoni
Desde a segunda-feira, 15, que a campanha eleitoral começou para valer. Falar de manifestos, ganhar no primeiro turno, governos anteriores é muito bom, mas deu. Chega de juras à responsabilidade fiscal para agradar a direita.
Mundo real e foco agora. No meu sempre pretensioso e irrelevante ponto de vista, seria talvez, quem sabe de bom alvitre que a campanha Lula investisse pesadamente em pelo menos duas coisas:
MUDAR A POLÌTICA, pois agora o vento não está a favor. A eleição não será ganha no primeiro turno e o segundo será uma pedreira. É preciso dizer claramente como será o Brasil a partir de 1o. de janeiro.
Mais futuro e propostas concretas contra a fome e o desespero e menos blablablá sobre o passado. O Brasil não vai quebrar e há dinheiro para se fazer tudo. Mas radicalidade e menos abstração subjetiva. Isso implica mudar também a comunicação.
BOTAR PILHA NAS PESSOAS. Dramaticamente houve uma inversão nos campos da disputa. Até os anos 1990, a esquerda tinha militância e a direita arregimentava cabos eleitorais pagos e desmotivados. Bolsonaro tem uma horda de fanáticos dispostos a tudo e que não trabalha por grana.
A campanha do lado de cá precisa colocar sangue nos olhos das pessoas. Mais do que disputa eleitoral, estamos numa decisão real de vida ou morte. Isso deveria ser dito no horário gratuito e nas redes sociais. Cada apoiador de Lula tem de virar um voto, um apenas. Unzinho já está ótimo. Se milhões mudarem um voto, podemos vencer.
Não é o amor que vence o ódio. É o combate.