Nesta quarta-feira, 17, a pesquisa nacional da Genial/Quaest revela que o primeiro pagamento do Auxílio Brasil e outros benefícios do Governo Federal não ajudou Jair Bolsonaro (PL) na busca pela reeleição.
Segundo o levantamento, o ex-presidente Lula continua firme na liderança com 45% das intenções de voto, 12 pontos a frente de Bolsonaro que registra 33%.
No que diz respeito a terceira via, o marasmo eleitoral é evidente quando todos os nomes juntos somam 10%. Branco/Nulo e Indecisos com 6%, cada.
Quando analisamos os dados por região, a pesquisa mostra que o Nordeste ainda é a verdadeira e grande muralha eleitoral de Lula. Entre os eleitores nordestinos, o ex-presidente tem 40 pontos de vantagem sobre Bolsonaro.
Nas outras regiões, Lula e Bolsonaro continuam empatados, sempre dentro da margem de erro. No caso do Sudeste a diferença é de quatro pontos, no Sul é de seis pontos, Centro-Oeste e Norte, oito pontos.
No que diz respeito ao recorte entre quem recebe o Auxílio Brasil, os resultados são frustrantes para Bolsonaro e o governo. No grupo que recebe o benefício, a vantagem de Lula subiu de 23 para 30 pontos sobre o inquilino do Planalto.
O CEO da Quaest, Felipe Nunes, observa que “há duas hipóteses possíveis para explicar essa reversão do efeito do Auxílio. A primeira, seria a de que a população não dá crédito a Bolsonaro porque não sabe que ele é o ‘pai’ da proposta. Não parece ser este o caso, já que aumentou quem diz que ele é o responsável”.
Outro dado revelador da pesquisa é que 62% dos entrevistados disseram que não enxergam os atuais benefícios do governo como forma para ajudar o povo, mas para ajudar na reeleição de Bolsonaro.
Sem dúvidas, os dados da Genial/Quaest são destrutivos para a campanha de Bolsonaro, que apostou todas as fichas nos benefícios sociais na tentativa de angariar votos entre os eleitores de baixa renda. Mas pelo que o próprio levantamento indica, a maioria destas pessoas já estão convictas no voto ao ex-presidente Lula.
A pesquisa ouviu 2000 eleitores em 120 municípios das cinco regiões do País entre os dias 11 e 14 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no TSE sob o código BR-01167/22.