Na manhã desta quarta-feira, 3, a Genial/Quaest divulgou a nova rodada de pesquisa presidencial que mostra uma leve recuperação da imagem do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Segundo o levantamento, a gestão federal tem 27% de avaliação positiva, oscilação de um ponto para cima, e 43% de avaliação negativa, queda de quatro pontos em comparação com a pesquisa de julho.
O levantamento aponta que esse é o menor nível de rejeição ao governo desde o início da série histórica da pesquisa, em julho de 2021.
Como era esperado, o processo de recuperação da imagem do governo se concentra entre os eleitores que recebem o Auxílio Brasil.
No mês de junho, a distância entre a avaliação negativa e a avaliação positiva era de 27 pontos. Neste mês, a diferença caiu pra 11 pontos. Já entre quem não recebe o benefício, não houve mudança na avaliação do governo.
Mas apesar da melhora da imagem do governo, a Genial/Quaest não detectou mudanças no quadro eleitoral. Quando vamos aos dados da disputa presidencial, o ex-presidente Lula continua na liderança.
Neste mês, Lula registra 44% das intenções de voto no primeiro turno, com oscilação de um ponto para baixo em relação a julho. Por sua vez, Bolsonaro sobe um ponto e chega a 31%. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) oscilou para 5%, André Janones (Avante) e Simone Tebet (MDB) com 2%, cada, e Pablo Marçal (PROS) 1%.
Outro detalhe relevante mostrado pela pesquisa é que Lula e Bolsonaro agora estão empatados em todas as regiões do país, com exceção do Nordeste, onde o ex-presidente mantém firme seu favoritismo. Na região, Lula tem 61% contra 20% de Bolsonaro.
No quesito renda, a divisão do eleitorado fica mais evidente. Enquanto a distância entre os dois diminuiu entre os mais pobres, caindo de 33 para 27 pontos, ela aumenta entre os mais ricos que apoiam Bolsonaro, saiu de 4 para 13 pontos.
O cientista político e CEO da Quaest, Felipe Nunes, explica que “a principal hipótese para explicar essa recuperação de imagem do governo e a aproximação das intenções de voto de Bolsonaro e Lula em setores importantes do eleitorado é o efeito expectativa de futuro gerado pelo presidente com as medidas adotadas nos últimos meses”.
De fato, a percepção negativa caiu de 64% para 56% entre os eleitores que acreditam que a economia do Brasil no último ano piorou, e subiu de 15% para 20% os que dizem que a economia melhorou no último ano.
A Genial/Quaest ouviu 2.000 eleitores (de forma presencial) em 120 municípios das cinco regiões do país entre os dias 28 e 31 de julho de 2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiabilidade de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE sob o código BR-02546/22.
Acesse a pesquisa completa clicando aqui.
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