Na abertura dos trabalhos do Poder Judiciário, o ministro e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, voltou a fazer uma enfática defesa das urnas eletrônicas e mandou recados para quem ataca o sistema eleitoral brasileiro.
Em seu pronunciamento no plenário do TSE, o magistrado reiterou que “todos os testes de segurança públicos e privados comprovaram o respeito à garantia constitucional do sigilo do voto”. Ainda segundo Fachin, “há um quarto de século, o sistema eleitoral brasileiro é seguro e confiável”.
“Todos os candidatos eleitos, desde o vereador até o presidente, auferiram sempre a totalidade dos votos que lhe foram concedidos nas urnas”, lembrou Fachin.
“A opção pela adesão cega à desinformação que prega contra a segurança e a auditabilidade das urnas eletrônicas e dos processos eletrônicos de totalização é a rejeição do diálogo e se revela antidemocrática”, prosseguiu.
Na avaliação do ministro, os ataques contra o sistema eleitoral é para “tirar dos brasileiros a certeza de que seu voto é válido e sua vontade é respeitada”. “É especialmente verdadeiro em relação aos cidadãos mais pobres, com maior dificuldade de escrever”.
“Quem, portanto, vocifera não aceitar resultado diverso da vitória não está defendendo a auditoria das urnas eletrônicas. Está defendendo apenas o interesse próprio de não ser responsabilizado pelas inerentes condutas ou pela inaptidão de ser votado pela maioria da população brasileira”.
No evento, estavam presentes representantes do Ministério Público Federal, Polícia Federal, Controladoria-Geral da União, Câmara dos Deputados, Tribunal de Contas da União, Forças Armadas, Ministério da Defesa, Conselho Nacional de Justiça e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).