Na manhã desta segunda-feira, 1°, o senador Tasso Jereissati anunciou que o PSDB vai apoiar a candidatura do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), ao governo do Ceará.
Como se sabe, o PSDB vinha sendo disputado tanto pelo grupo pró-RC quanto pelo grupo pró-Camilo Santana, que lançou Elmano de Freitas ao Palácio da Abolição.
O dirigente estadual do partido, o empresário Chiquinho Feitosa, chegou a aceitar o convite de Camilo para ocupar a primeira suplência na candidatura ao Senado. Mas nos últimos dias, Feitosa foi desautorizado pela executiva nacional a subir no mesmo palanque do PT.
Em nota, Tasso disse que o apoio a Roberto Cláudio é “por reconhecermos nele a competência, a experiência administrativa e o compromisso com esses ideais. Na condição de prefeito de Fortaleza, ele demonstrou sua capacidade de gestão e seu espírito público”.
Ainda no comunicado, o ex-governador afirmou que “neste grave momento da política brasileira em que o extremismo põe em risco a própria estabilidade democrática, é preciso ponderação e equilíbrio para assegurarmos as conquistas obtidas e avançar ainda mais”.
Gerson Lopes
01/08/2022 - 15h43
Falou o PSDB, pai de todas as porcarias pelas quais passamos nos últimos anos.
Alexandre Neres
01/08/2022 - 14h06
O fato mais importante da eleição cearense foi o veto de Ciro Gomes à candidatura Isolda Cela. Mais uma vez os atos de Ciro beneficiam o bolsonarismo, no caso o Capitão Wagner.
Todo mundo enche o peito para falar da participação feminina nas eleições, quem não se mostra favorável na retórica a que as mulheres ocupem cada vez mais espaço?
Mas na prática, o jogo é outro. Aqui por essas plagas reina o patriarcado, sobretudo beneficiando os homens acima de 60, brancos, roliços, autoritários, que detêm o poder enquanto o povo está à míngua.
Todo mundo que acompanha política sabe que quando o governador se desincompatibiliza do cargo, o candidato natural é o vice. Taí Rodrigo Garcia e companhia pra não me deixar mentir.
Embora seja assim que a banda toca, no Ceará é diferente, pois lá impera o mandonismo que pôs tudo a perder, facilitando a vida do bolsonarista de plantão, com a mesma tática esdrúxula que opera em âmbito nacional.
Por inúmeros atos pretéritos que não convêm sequer nominar, Ciro Gomes nunca procurou esconder que é misógino, mas não precisava passar recibo a este ponto. Ciro Gomes vai em sua desabalada e frustrada cavalgada a passos largos rumo ao ostracismo. Aliás, naquela entrevista na GloboNews ficou patente o desdém e o desrespeito que nutre pelas mulheres na política.
Fiquei tocado ao ver as fissuras, ao constatar que o clã Ferreira Gomes não é mais um bloco monolítico, que rachou ante o destempero e tamanha inveja. Cid e Ivo não compactuaram com os arroubos do tresloucado primogênito.
Entrementes, Izolda manteve a elegância e a dignidade, não partiu para a baixaria e vai tocando o barco devagar, sabendo que não foi a primeira nem será a última mulher a ser alijada da política por machistas inveterados.