Reajuste salarial de 7% ainda não atende às reivindicações da categoria. Tudo que foi apresentado é repetição de projeto já conhecido pelos trabalhadores.
Em reunião nesta quarta-feira, 20, os petroleiros rejeitaram a contraproposta da Petrobrás de acordo coletivo de trabalho (ACT) e pediram a apresentação de uma nova proposta, que venha a atender às reivindicações da categoria. Esta é a segunda contraposta apresentada e oferece reajuste salarial de 7%.
“Não tivemos praticamente qualquer avanço relevante. Nos preocupa muito chegar ao meio de julho com uma segunda proposta nesse nível. É como se vocês (gestores) estivessem incitando propositalmente a categoria contra a empresa”, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, na mesa de negociação. Para os trabalhadores, o que foi apresentado pela estatal foi uma repetição do mesmo projeto coletivo que já havia sido rejeitado por unanimidade nas assembleias.
Praticamente, não houve avanços na última reunião entre a FUP e seus sindicatos e a gestão da Petrobrás, realizada na terça-feira, 19. Embora acima da proposta de reajuste de 5%, apresentada originalmente pela companhia, os 7% continuam abaixo da inflação projetada para o período. A contraproposta da Petrobrás foi seguida pelas subsidiárias, com exceção da PBio (Petrobras Biocombustível), que manteve a oferta de reajuste de 5%.
Bacelar reiterou que os sindicatos não irão se intimidar com o limite de fechamento do acordo, que está sendo imposto pela Petrobrás, quando a empresa reafirma em mesa o prazo de 31 de agosto para conclusão do ACT 2022. “Mais uma vez, insistimos em resolver o acordo na mesa de negociação, mas a Petrobrás parece preferir o conflito, pelo que está posto nesta segunda contraproposta, indecorosa”, lamentou Bacelar.
Os petroleiros querem também que sejam realizadas reuniões temáticas entre a FUP e a Petrobrás, na tentativa de avançar nas negociações sobre banco de horas, plano de saúde, tabelas de turno, teletrabalho, entre outros.