Na manhã desta terça-feira, 19, o presidente do Cidadania, Roberto Freire, emitiu nota a imprensa sobre a reunião de Jair Bolsonaro com 18 embaixadores onde ele fez novos ataques e acusações sem provas contra o sistema eleitoral brasileiro.
O dirigente do Cidadania classificou a atitude de Bolsonaro como “vexame internacional” e que o Congresso Nacional não deveria se omitir neste momento, mesmo que esteja às vésperas das eleições.
Para Freire, o poder legislativo deveria “cumprir o seu papel e abrir um processo de impeachment”. “Tal desequilíbrio [de Bolsonaro] se explica pelo verdadeiro pavor que tem de ser preso pelos crimes que, no íntimo, sabe ter cometido”, prosseguiu.
Leia a íntegra da nota!
Entre atônitos e perplexos, embaixadores de dezenas de países assistiram a um espetáculo tão deprimente quanto ridículo protagonizado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, que perdeu qualquer compostura que ainda pudesse ter pelo cargo que ocupa.
Bolsonaro expôs o Brasil e os brasileiros diante do mundo. Colocou abaixo de seus interesses mais paroquiais a pátria que no seu slogan estaria acima de todos. Tal desequilíbrio se explica pelo verdadeiro pavor que tem de ser preso pelos crimes que, no íntimo, sabe ter cometido.
As urnas eletrônicas que deram a ele e a seus filhos diversos mandatos tirarão de Bolsonaro em outubro não apenas o cargo, mas o foro especial por prerrogativa de função. E o poder e a influência que hoje detém sobre os órgãos de controle.
Mas isso não exime o Congresso Nacional de cumprir o seu papel e abrir um processo de impeachment. Senão pelo conjunto da obra, pelos crimes contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais e contra o livre exercício dos Poderes constitucionais praticados hoje aos olhos do mundo.
Bolsonaro está usando o poder federal para impedir a livre execução da Lei Eleitoral e incitando militares à desobediência à lei e à infração à disciplina. Os presidentes da Câmara e do Senado precisam evitar a mais completa desmoralização não de Bolsonaro, essa já consumada, mas do Brasil.
Roberto Freire
Presidente Nacional do Cidadania