A região Nordeste é conhecida por ser (há décadas) o principal reduto eleitoral do ex-presidente Lula (PT). Costumo dizer aos mais próximos que se o líder progressista decidisse não pisar na região durante toda a campanha ele ainda receberia os votos de forma maciça.
Porém, nem sempre a cabeça do eleitor vincula a eleição nacional com a local e vice-versa. Num país continental como o Brasil, não é raro o voto numa chapa informal, ou seja, a escolha de candidatos que por mais que estejam em campos e partidos distintos acabam atendendo as demandas mais urgentes do cidadão.
No caso do Nordeste, os três pré-candidatos do União Brasil aos governos estaduais da Bahia, Ceará e Piauí estão, a preço de hoje, com grandes chances de saírem vitoriosos nos respectivos pleitos.
É interessante, pois ACM Neto (Bahia), Capitão Wagner (Ceará) e Sílvio Mendes (Piauí) estão sendo protagonistas em seus estados sobre um mesmo tipo de desejo: mudança. Esse desejo pode ser despertado no eleitor por vários fatores e um deles é o desgaste com o grupo governante, mesmo que tenha alta aprovação popular.
É fato e comprovado que o sentimento pelo “novo” motiva, mobiliza e até em alguns casos comove os eleitores. E no caso dos três postulantes mencionados, eles podem trabalhar esse ativo sem causar ruído, diferente dos nomes governistas que precisam constantemente colar imagem aos seus padrinhos políticos.
No caso de Lula, não ha dúvidas que seu capital político no Nordeste é altíssimo e cobiçado, mas isso não significa que a transferência de voto esteja no “modo on” em todas as eleições, o contexto local pesa bastante.
Com isso, quero dizer que já na sua primeira disputa eleitoral, o União Brasil poderá retomar no Nordeste a força política e eleitoral que pertencia ao extinto PFL. O partido que antecedeu o DEM era a principal força política da região nos anos 90 e na metade da primeira década dos anos 2000.
Em 2022, o União Brasil caminha junto com partidos tradicionais como o Progressistas e o PSDB. Na Bahia, por exemplo, após uma articulação que envolveu pessoalmente o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o PP baiano embarcou de corpo e alma na pré-campanha de Neto.
No Piauí, o Progressistas é praticamente a base de sustentação política da pré-candidatura de Mendes. A junção entre força política local do PP e a pesada estrutura financeira do UB pode fazer com que o grupo governista, liderado pelo PT, lute bastante para se manter competitivo na campanha.
Já no Ceará, apesar da liderança de Wagner nas pesquisas, a aliança com esses partidos tradicionais ainda é uma incógnita. Até o momento, o UB cearense atraiu partidos de médio porte como Avante, Podemos, PROS e por último, o Solidariedade. Nos próximos dias, haverá um esforço de Ciro Nogueira para atrair o PP local para o grupo de oposição.
GIOVANI BARBOSA JUNIOR
19/07/2022 - 10h15
faltou citar que TODOS TRÊS se dizem LULA.
ANGELO MARCIO SANTOS SILVA
19/07/2022 - 09h12
Bom dia , desculpas o unico estado que pode ter uma minima chance, bahia. Isso devido ao lancamentodeultima hora deum candidato que nao foi preparado, pelo racha com pp, levando 70 prefieturas (outras ja pularam), pela popularidade de neto na regiao metropolitana, que influencia naspesqisas. Registre assim comecar campanha, associar lula as outras, apoiodosgovernadores atuais bem avaliados, tudo vai por terra. Claro candidatos desconhecidos, contra candidatos conhecidos normal um recall, mas com camanha tudo muda. Essas analises deveriamserfeitas,em meados de setembro,,,,nao agora, muito precipitada. Nao e torcidaesim realidde. Diferente de lula e bozo,ambos sao conhecidos e populares e 90% populaco ja decidiuu voto..Cearabriga esquerda, piaui candidato ninguem conehce,bahia ja falei…esssa razao da aparente lideranca…tudo mais especulacao