Com ampla participação dos petroleiros, assembleias rejeitam acordo da Petrobrás e aprovam greve contra privatização

Imagem: Divulgação

Após duas semanas de consulta aos petroleiros, os 12 sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) concluíram neste final de semana, assembleias da categoria e rejeitaram por unanimidade contraproposta da Petrobrás de acordo coletivo de trabalho (ACT).

Os sindicatos da FUP, que reúnem cerca de 24 mil petroleiros da Petrobrás, aprovaram também o indicativo de greve, por tempo indeterminado, com data a ser definida pela Federação, caso o governo Bolsonaro encaminhe ao Congresso Nacional projeto de lei de privatização da Petrobrás, como tem cogitado desde o ano passado.

Nesta segunda-feira, 11, a FUP comunicará a decisão da categoria petroleira à direção da Petrobrás, ao Ministério de Minas e Energia (MME) e aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco.

“A FUP vem alertando que, se o governo e o Congresso Nacional derem andamento a qualquer proposta de privatização da Petrobrás, o país enfrentará a maior greve da história da Petrobrás”, destaca o coordenador-geral da entidade, Deyvid Bacelar.

Mais de 90% dos trabalhadores que participaram das assembleias foram favoráveis à greve. Em várias bases, o indicativo também foi aprovado por unanimidade.

Em dezembro, a categoria petroleira já havia aprovado estado de greve, sinalizando a possibilidade de uma forte reação nacional às ameaças do governo de privatizar a Petrobrás.

ATO EM DEFESA DA PETROBRÁS

Na terça-feira, 12, a partir das 13h30,  será realizado na Câmara dos Deputados, em Brasília, o Ato Público em Defesa da Petrobrás e das Empresas Públicas, para debater consequências das privatizações das empresas estatais, principalmente as do setor energético e as altas tarifas de combustíveis, energia elétrica e gás de cozinha.

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